Chapters 21-27
21. Aparições
‘À semelhança dos Gregos Antigos, idealizei uma câmara de aparições onde as pessoas poderiam ir encontrar-se com os espíritos de entes falecidos. É evidente que, com a devida preparação, as pessoas poderiam ver aparições de pessoas amadas que partiram… em vez de irem consultar um terapeuta sobre o sofrimento de terem perdido um esposo ou um filho, poderiam falar com esses seres amados directamente.’
Raymond MoodyVer uma aparição – uma forma duma pessoa não físicamente presente – é compatível com o argumento de que nós todos sobrevivemos à morte física. As provas objectivas das aparições são constituidas por estudo de casos e aparições induzidas em laboratório.
Um fenómeno muito comum
As aparições são um tema que se repete na literatura e nas lendas populares de todos os países e ao longo de toda a história registada. Têm sido científicamente estudadas desde, pelo menos, 1890 e os resultados têm demonstrado, sistemáticamente, serem um acontecimento verificado amplamente (Currie 1978:17).
Em 1983 um sociólogo da Universidade de Chicago perguntou a uma amostra de 1.467 Americanos se alguma vez tinham sentido que tinham tido contacto com alguém já falecido. Vinte e sete por cento responderam que sim (Greenley 1975). Numa sondagem semelhante, na Islândia (Haraldsson e outros 1976), trinta e um por cento responderam que sim. O Dr. W.D. Rees, um físico Inglês, descobriu que, duma amostra de viúvas, na Gales, quarenta por cento tinham tido experiências – que muitas vezes se repetiram por anos – que os convenceu que os seus esposos falecidos tinham estado em contacto com elas (Rees 1971:37-41). Um estudo Inglês anterior, levado a cabo pelo Dr. P. Marris (1958), revelou um número de cinquenta por cento.
Este estudo foi repetido no Canadá, pelo Dr. Earl Dunn (1977:121-122), que descobriu também que cinquenta por cento de viúvos tinham tido experiência de contactos. Muitas dessas pessoas pensavam que enlouqueciam e não tinham contado a ninguém com receio de serem ridicularizadas.
As crianças que morrem, normalmente, entram em contacto
Vários estudos revelaram que, uma elevada proporção de pais de crianças que morrem, podem contar poder vê-las ou ouví-las e sentirem-se muito consolados, nos primeiros meses após o falecimento dessas crianças.
O Dr. Melvin Morse, um pediatra que conduziu muitos estudos sobre a morte e os moribundos, afirma que isso é tão comum, que é raro alguém perder pais ou filhos e não os ver outra vez, numa visão relacionada com a morte (Morse 1994:135).
As aparições não são alucinações
Existem muitas razões pelas quais estas aparições não devem ser tidas como alucinações, desejo de realização ou produto de mentes em estado de inconciência.
1 - A normalidade de testemunhas
Na maioria dos casos a pessoa estava em normalíssimo estado mental, livre de todo o choque, stress ou elação. Por outro lado, as experiências foram totalmente inesperadas e foram conduzidas em ambientes familiares. Nem as testemunhas tinham qualidades mediúnicas ou telepáticas – foi raro alguma testemunha dizer que tinha tido mais de uma ou duas experiências ao longo da sua vida (Tyrrel 1963:23). Em muitos casos as testemunhas eram pessoas cientícamente treinadas e de elevada credibilidade.2 – Fenómeno objectivo
A verificação de aparições envolve, por vezes, feómenos físicos tangíveis, tais como o movimento ou o partir de objectos ou sons, tais como passos, que têm sido gravados em fita. Nalguns casos, as aparições até têm deixado amostras da sua escrita manual.
Elisabeth Kubler-Ross, uma talentosa médica que foi pioneira dos estudos sobre a morte e a agonia, disse que uma ex-doente dela lhe apareceu, na altura em que ela estava decidida a abandonar o seu trabalho. A mulher, Mrs. Schwartz, entrou no elevador com ela e acompanhou-a ao seu consultório onde lhe pediu para não desistir do seu trabalho sobre a morte e a agonia. Kubler-Ross pensou que estaria a ter alucinações, uma vez que a mulher, Mrs. Schwartz, tinha falecido dez meses antes. Mas, quando ela lhe pediu que escrevesse uma nota e a datasse e assinasse, a mulher assim fez antes de desaparecer (Kubler-Ross 1997;178).
3 – Visto por mais duma pessoa
Muitos dos casos registados foram vistos por mais duma pessoa. Por exemplo, no caso investigado pela Society for Psychical Research, nove pessoas moradores numa casa em Ramsbury, Inglaterra, viram, separadamente e em grupo, entre Fevereiro e Abril, a aparição dum homem que havia falecido dez meses antes. Ele era visto, invariávelmente, ao lado da cama de sua moribunda esposa, com a mão pousada na sua testa e podia manter-se visível até meia hora de cada vez (Holzer 1965:52-56).
4 – Trazendo informações desconhecidas para o observador
Em muitos casos, os observadores tomam conhecimento, através da pessoa que aparece, de informações desconhecidas pelo observador, tais como, o modo como a pessoa morreu, o local onde foi enterrado e outras. Num caso famoso, aceite pelos Tribunais Americanos – o caso da Herança Chaffin – um pai que tinha morrido apareceu e se apresentou a um dos seus filhos, dando-lhe detalhes de como encontrar o seu testamento.
Nalguns casos, as pessoas manifestam-se com o aparente propósito de salvar os seus entes queridos de perigos. Isto aconteceu com Elaine Worrell que vivia com seu marido Hal no último andar de um prédio de apartamentos em Oskaloosa, Iowa. Um dia, ela viu um jóvem no vestíbulo que a conduziu ao andar de baixo, onde vivia uma jóvem viúva que ela mal conhecia. Viu, então, que a mulher jazia no leito depois de ter cortado os pulsos. Depois de recuperada, a jóvem senhora mostrou-lhe uma fotografia do seu falecido marido e Elaine, imediatamente, o reconheu como sendo o jóvem que a tinha conduzido, pelas escadas abaixo, para o apartamento da viúva (Holzer 1963:138-141).
5 – Aparições na hora da morte
Um grande número de aparições acontece quando uma pessoa que, recentemente, faleceu, aparece a um ou mais entes queridos para lhes anunciar a sua morte. Em muitos desses casos a morte foi inesperada sendo, mais tarde, confirmado como tendo acontecido, imediatamente, antes da aparição.
Exemplos documentados e confirmados de estudos vários, incluem:
• O caso do Segundo-Tenente Leslie Poynter que foi morto em combate. Às 9 horas da noite da sua morte, ele apareceu a sua irmã, na Inglaterra, entrou no quarto dela, curvou-se sobre ela, beijou-a e, depois, sorrindo de felicidade, desapareceu gradualmente da vista. Foi apenas duas semanas mais tarde que a família recebeu um telegrama informando-lhes da morte dele, na mesma data mas mais cedo(McKenzie 1971:116-117).
• O caso de Mrs. Pacquet cujo irmão Edmund lhe apareceu seis horas depois de se ter afogado no mar e lhe mostrou como é que ele tinha ficado enrodilhado nas cordas, pelas pernas, e arrastado borda fora (citado em Rogo 1974:16-17).
• O caso de Mrs. Gladys Watson que foi acordada de sono profundo por alguém que chamava pelo seu nome. Ao acordar ela viu o seu avô paterno que lhe disse¨’Não tenhas medo. Sou eu. Acabei de morrer.’ Quando ela acordou o marido, ele recusou-se a acreditar nisso e telefonaram para a família apenas para ouvir que o avô tinha falecido de morte súbita alguns minutos antes (Spraggett 1975:45-46).
Convénios de morte
De acordo com Bennett (1939:282), cerca de um em cada vinte casos nos arquivos do Society for Psychical Research, na Inglaterra, envolvem ‘convénios de morte’ pela qual duas pessoas se prometem que, aquele que morresse em primeiro lugar, faria todos os possíveis para aparecer ao outro. Segundo provas, um grande número destas promessas eram cumpridas, entre as quais se incluem:
• caso de Lord Brougham, um nobre Inglês que estava em viagem na Suécia, quando, súbitamente, viu a aparição dum amigo da Universidade que ele não via há anos. Mais tarde recebeu uma carta confirmando que o amigo tinha falecido na Índia na hora exacta da aparição. Quando estavam na Universidade os dois especulavam em relação à questão da sobrevivência e, então, fizeram um pacto, escrito com o seu próprio sangue, segundo o qual o que morresse em primeiro lugar haveria de aparecer ao outro (citado em Johnson 1971:198-199).
• O caso de Mrs. Arthur Bellamy, de Bristol, que fez um pacto semelhante com uma colega de escola que ela não via há anos. Uma noite, depois da morte da amiga, Mr. Bellamy viu uma senhora sentada na cama ao lado da sua esposa que dormia. Mais tarde, ele identificou-a, através duma fotografia, como sendo a mesma amiga (Bennett 1939:131-132).
O Dr. Raymond Moody, que se tornou famoso pelos seus estudos pioneiros sobre as Experiências no Limiar da Morte, está, actualmente, a trabalhar em maneiras de induzir aparições duma forma controlada. Tomou como modelo obras clássicas da Grécia Antiga que sugerem que, quando as pessoas queriam contactar entes queridos já falecidos, consultavam um ‘oráculo’ nas salas de aparições.
As salas de aparições são laboratórios que utilizam os espelhos como forma de facilitar o processo psíquico. Parte do processo psíquico, própriamente dito, inclui o envio de mensagens telepáticas, o envio de vibrações para o destinatário no pós-vida.
Moody reconstituiu o processo com fantásticos resultados – 85% dos seus clientes que se submetem a um dia inteiro de preparação, conseguiram efectivo contacto com um ente querido falecido – mas não, necessáriamente, com aquele que procuraram contactar. Na maioria dos casos isso acontece na sua sala de aparições, especialmente, construida para o efeito mas, em 25% dos casos, isso acontace mais tarde, nas suas próprias casa – o cliente acorda e vê a aparição aos pés da cama (Moody 1993:97).
O fenómeno das salas de aparições está, ainda, a dar os primeiros passos mas, está-se propagando, rápidamente, nos Estados Unidos. Há pessoas que estão sendo trainadas para serem ministradores de sessões em salas de aparições. Um dos aspectos mais excitantes disto, é a oportunidade de continuar a objectivar os resultados. De acordo com Dianne Archangel, associada do Dr. Moody, em alguns casos, quando o contacto com inteligências do pós-vida é efectivado, há informações que são transmitidas e que eram desconhecidas pela pessoa que procurou o contacto (1997). O potencial é enorme e o processo está sendo permanentemente refinado.
Todos os clientes de Moody insistem que este contacto não é alucinação – existe uma clara comunicação, nos dois sentidos e, em alguns casos, contacto físico. O próprio Moody expressa admiração para o facto de que:
tornou-se claro que as reuniões visionárias se tornaram eventos reais e não fantasias ou sonhos. Até agora, quase todas as pessoas estão convencidas que os seus encontros foram absolutamente reais e que, na realidade, estiveram na presença viva de pessoas queridas perdidas pela morte (Moody 1993:97).
Ele também nota que todas as indicações apontam para que a pessoa esteja a experimentar um evento paranormal que, tal como com as Experiências no Limiar da Morte, muda a sua percepção da vida e leva-a a tornar-se ‘mais bondosa, mais compreensiva e com menos medo da morte’ (Moody 1993:98.
Moody dá completas instruções de como criar a sua própria sala de aparições no seu livro Visionary Encounters with Departed Loved Ones (1993 Ballantine Books, New York, by Raymond Moody e Paul Perry). Este tipo de provas não devem ser ignoradas, especialmente, quando o argumento das aparições é, objectivamente, demonstrado e é, completamente, coerente com outros fenómenos psíquicos.
22. As visões no leito da morteUma ideia nova é primeiro condenada e depois rejeitada como fútil até que, finalmente, se torna naquilo que toda a gente conhece.
William JamesAo longo de todo o século vinte se publicaram livros que fornecem detalhes de observações feitas por médicos e enfermeiras aos doentes moribundos. Sir William Barnnett, Professor de Física no Royal College de Ciências de Berlim, publicou, em 1926 um pequeno livro intitulado Deathbed Visions . Nele ele diz:
• Muitas vezes, no momento da morte, as pessoas veem, ao lado do seu leito, um amigo ou familiar que pensavam que ainda vivia.
• Em todos os casos, quando se investigou, a pessoa que o doente vira, tinha morrido antes, sem que o doente tivesse tido conhecimento.
• Crianças moribundas muitas vezes expressavam a sua admiração por os anjos que esperavam por elas, não terem asas.
Nos anos 1960, o Dr. Karlis Osis do Society for Psychical Research Americano, fez um estudo piloto das visões no leito da morte que mais tarde foi confirmado através de várias culturas diferentes. Ele descobriu:
• A visão mais comum era a de pessoas que tinham morrido antes delas.
• As visões no leito da morte eram, usualmente, curtas – cinco minutos ou menos.
• Os moribundos diziam que os visitantes tinham vindo buscá-los.
• A crença no pós-vida não tem nenhum significado na frequência ou da espécie de aparições vistas.
• A maioria dos doentes observados no estudo não tinham tomado drogas que pudessem provocar alucinações.
Em 1977 o Dr. Osis e o seu colega Dr. Erlenddur Haraldsson publicaram At the Hour of Death Este livro alargou o estudo inicial e incluiu o relatório de mais de 1.000 médicos e enfermeiros não só na Índia, mas também nos Estados Unidos. Ao todo, referia-se à morte de mais de 100.000 pessoas. Concluiu-se que estes estudos se correlacionavam bem com trabalhos pioneiros efectuados durante um periodo de trinta anos e referidos em várias obras do Dr. Robert Crookall, na Inglaterra.
De acordo com informações que lhe foram fornecidas pelo pessoal médico:
• Sòmente dez por cento das pessoas estão conscientes, imediatamente antes de morrerem.
• Deste grupo, apenas entre a metade e os dois terços, têm visões no leito da morte
• Estas visões tomam a forma de visitas visionárias de entes queridos, breves visões do outro Mundo e estados de alegria, difícilmente explicados médicamente.
O Dr. Melvin Morse diz que o historiador Francês Phillipe Aries documentou que, antes do ano 1.000 AD, os moribundos falavam de visões de Deus e dos que tinham falecido antes deles. Ele protestou contra o facto de que os doentes, de hoje, que têm tido tais visões, serem tratados contra ‘ansiedade’ com narcóticos e Valium, os quais apagam a memória de curto prazo por forma a evitar que esses doentes se lembrem das visões que tiveram (Morse 1993:60). Ele diz ainda que cerca de noventa por cento das pessoas que morrem nos hospitais, são, ‘fortemente sedadas, ressuscitadas vezes sem fim e medicadas’ e que os médicos tomam as visões no leito da morte como um problema que tem que ser combatido com medicamentos (Morse 1993:63).
No seu livro Closer to the Light – Learning from the Near Death Experiences od Children , Morse avança a ideia de que as visões no leito da morte são um ‘aspecto esquecido dos misteriosos processos da vida’ e que elas podem ter um efeito reconfortante e curativo maravilhoso quer nos moribundos quer nas famílias (1993:65). Ele conta vários casos de crianças que começaram a ter visões do pós-vida durante os últimos dias da sua vida. Elas descreviam cores maravilhosas e lugares lindos e parentes que, por vezes, nem chegaram de conhecer.
Alucinações, não
O próprio Dr. Osis começou com a suposição que estas experiências seriam simples alucinações causadas pelos efeitos bioquímicos do cérebro moribundo. Contudo, depois de ter investigado, ele convenceu-se de que estas experiências eram tão extraordinárias e tão convincentes que não poderiam ser explicadas, nem pelas condições físicas do paciente, nem por medicamentos que estivessem a tomar.
Existem muitos casos arquivados no Society for Psychical Research Inglês em que as aparições de visitantes têm sido vistos por outras pessoas, ao lado da cama de moribundos, às vezes mesmo por diversas pessoas simultâneamente.
• Num caso bem documentado, uma aparição no leito da morte foi vista por uma senhora moribunda, Harriet Pearson, e três parentes que estavam a acompanhá-la (Boletim do Society for Psychical Research, Fev 1904:185-187).
• Num outro caso de um rapaz moribundo, duas testemunhas viram, separadamente, ao lado da cama do rapaz a mãe dele, falecida recentemente (reuniões da Society for Psychical Research, volume 6 p. 20).
As visões no leito da morte são compatíveis e apoiam as outras provas da existência do pós-vida. Entre os que têm uma morte consciente, cinquenta a sessenta por cento, terão uma visão do pós-vida.
A importância das visões no leito da morte
No seu livro Parting Visions (1994) o pediatra Melvin Morse argumenta que:
• Os membros de família que têm mais conhecimanto sobre as visões dos moribundos passam, por regra, mais tempo à cabeceira dos moribundos. Este factor alivia muito da culpa que eles possam sentir depois da morte.
• As visões espirituais fortalecem os agonisantes, fazendo-lhes pensar que têm algo a compartilhar com os outros.
• As visões espirituais removem todo o medo de morrer do paciente e são enormemente reconfortantes para os parentes
• Contribuem para evitar a exaustão da parte da equipa médica
• Se acompanhadas, podem reduzir dramáticamente o desperdício de procedimentos médicos que são, muitas das vezes, penosos para os doentes. Ele diz que 30 a 60% de cada dólar dos Serviços de Cuidados Médicos Americanos é gasto nos poucos últimos dias da vida duma pessoa e ‘a maior parte disso é gasto em procedimentos irracionais que em nada contribuem para prolongar a vida. (Morse 1994:136).
23. O Quadro de Ouija‘A faixa fronteiriça , entre o Mundo dos viventes e o dos mortos, parece ser uma espécie de selva ou ‘território de foras-da-lei’ apinhada de personalidades depravadas e psicopatas. Se conseguem encontrar e captar as graças das suas vítimas, a sua natureza destrutiva pode operar, com ainda menos entraves, do que quando estavam encarnados’
Currie 1978:192Os quadros de Ouija são um dos modos mais amplamente utilizados para a comunicação ‘não treinada’ com os espíritos. O nome é composto pela justaposição das palavras Francesas e Alemãs oui e ja, significando ambas ‘sim’. Consiste num quadro plano com as letras do alfabeto, alguns números, sinais de pontuação e as palavras ‘sim’ e ‘não’ escrito no quadro. Os grupos que o utilizam, colocam os seus dedos levemente num ponteiro que, então, rápidamente e sem conhecimento consciente dos membros presentes, se move por forma a encontarar as letras das palavras que formam as mensagens. A venda dos quadros de Ouija nos Estados Unidos atingiu o seu ponto mais alto durante a I Guerra Mundial e os anos trinta, quarenta e sessenta assistiram a uma loucura nacional dos Ouijas durante a qual ‘Os Misteriosos Oráculos Falantes’ eram, frequentemente, usados por estudantes (Hunt 1985:5).
Os quadros de Ouija foram incluidos neste livro porque é, normalmente, o primeiro método usado por amadores para investigarem o pós-vida. É científico na medida em que pessoas utilizando a mesma fórmula obtêm resultados idênticos – obtêm mensagens ‘inteligentes’. Pessoas que utilizaram as mesmas fórmulas objectivas, em várias pertes do Mundo, obtiveram os mesmos resultados – respostas inteligemtes. Inteligentes no sentido de que respostas dadas a questões específicas o foram da mesma maneira como seriam dadas por pessoas na Terra. A qualidade das respostas depende, naturalmente de quem e daquilo a que se responde.
Os psíquicos e médiums experimentados acreditam na realidade do contacto com espíritos e que as respostas ao quadro Ouija são feitas por humanos e não-humanos de diferentes níveis de aperfeiçoamento mas, mais frequentemente pelas entidades mais inferiores que operam mais próximo do nosso ‘comprimento de ondas’. Se o contacto é feito com uma entidade mais desenvolvida, a resposta será, normalmente, sofisticada. Se o contacto for feito com entidades rudes e de astral muito baixo, então a informação é a mesma que se teria de alguém na Terra que seja também rude, vulgar, estúpido, arrogante e que blasfema com o propósito de chocar os que estão à sua volta.
Logo de início, a opinião dos materialistas oficiais era a de que as mensagens simplesmente vinham da acção da mente subconsciente ou inconsciente dos ‘jogadores’ – uma forma de ‘automatismo’. Durante anos, os quadros de Ouija eram vendidos em lojas de brinquedos e de jogos, nos Estados Unidos, e as pessoas usavam-nos como ‘divertimento’ ou para obter benefícios pessoais, como obter números vencedores em jogos, etc.
Mas, nenhum céptico foi capaz de explicar como é que grupos de pessoas decentes se sujeitavam a receber terríveis blasfémias, pragas e toda a espécie de ameaças terríveis através do quadro de Ouija duma forma que certamente não receberiam por outros processos que, supostamente, projectavam o inconsciente.
Stoker Hunt, que investigou os efeitos da utilização dos quadros de Ouija, resumiu o padrão comum que se desenvolve entre os utilizadores dos quadros de Ouija e a ‘força’ com a qual eles se comunicam:
O invasor concentra-se nos pontos fracos do caracter da sua vítima… Se uma pessoa é vã, ele apela para a vaidade. ‘Preciso da tua ajuda’, dirá o sedutor, ‘e só tu me podes ajudar.’… A entidade é maliciosa e não hesita em mentir, em dar falsa identidade (faz-se normalmente passar por um ente querido falecido) e em adular. É melhor para o invasor, claro, que a vítima esteja sózinha, isolada, cansada e doente (Hunt 1985:86).
Assim, a entidade encorajará as suas vítimas a abandonar os seus melhores amigos e a confiar apenas nas comunicações através do Ouija para obter conselhos, informações e companhia. Recomendará proezas perigosas, e aventuras extravagantes e, ao mesmo tempo, desencorajará actividades salutares e cuidados médicos adequados. A vítima sentirá um desejo incontrolado de utilizar o quadro ou escrever automáticamente a todas as horas do dia e da noite:
Se houver necessidade, o invasor aterrorizará a sua vítima, materializando-se em formas horripilantes, induzindo visões grotescas, incitando actividades poltergeist, fazendo com que objectos apareçam do nada, dando notícias trágicas ou falsas, levantando objectos, até mesmo levitando a vítima. Tudo isto e mais ainda poderá ser feito – não como um fim em si mesmo, mas como um meio de conseguir completa posse da vítima (Hunt 1985:87).
Os médiums em todo o Mundo relatam, consistentemente, que os que morreram e vivem em desespero nas regiões de baixas vibrações, próximas da Terra – algumas vezes chamadas de regiões de baixo astral – têm inveja dos que vivem na Terra; sabem que enquanto se está na Terra pode-se aumentar a vibração e que é muito difícil fazer isso nas baixas esferas do mundo espiritual. O desespero é impelido para os extremos, simplesmente porque não podem experimentar as coisas a que estavam habituados quando vivos – excitação, bebidas, álcool, fumo, sexo. Se esses rufias que respondem às questões do quadro de Ouija tivessem a capacidade para amar, ou de ter um pensamento de amor, ou tivessem outro atributo espiritual positivo, não estariam na posição em que se encontram. Se, pelo menos, tivessem a capacidade de pedir ajuda para os aliviar da sua miséria, temos informação do Pós-vida, que lhes seria dispensada essa ajuda.
Muitos experimentadores das FVE (Fenómeno de Voz Electrónica) (veja Capítulo 4) captaram vozes vindas deste nível que falam por obscenidades, segredinhos sinistros e, por vezes, em tom claramente hostil (Lazarus 1993:158).
Seja qual fôr a explicação que o leitor queira aceitar – a hipótese do espírito ou a teoria da mente inconsciente dos jogadores – existem muitos casos de doenças psíquicas que aconteceram, como resultado directo de utilização do quadro, o qual deverá ser tomado muito a sério. Um quadro de Ouija pode ser altamente perigoso, especialmente para quem seja sugestionável, tenha qualquer tipo de disfunção física ou emocional ou que tenha estado a tomar drogas susceptíveis de alterar a mente. A recomendação dos entendidos é que, em nenhuma circunstância, deverão ser utilixados por crianças ou por seja quem fôr que não possua um forte sentido de identificação própria (Covina 1979).
O Dr, Carl Wickland, um Psiquiatra Americano, escreveu o seu livro clássico sobre as doenças mentais, Thirty Years Among the Dead (1924). Nele escreveu:
O sério problema de alienação e desarranjo mental experimentados por praticantes ignorantes das experimentações psíquicas, foi trazido à minha atenção pelos casos de várias pessoas cujas experiências, aparentemente inofensivas, com escrita automática e com o quadro de Ouija, tiveram como consequência tamanha insanidade dessas pessoas que se tornou indispensável o seu internamento em manicómios … Muitos outros casos desastrosos que se seguiram à utilização do, supostamente inofensivo quadro de Ouija, vieram ao meu conhecimento e o que observei levou-me a investigar o fenómeno psíquico para uma possível explicação destas estranhas ocorrências (Wickland 1924:29).
Wickland descobriu que era capaz de curar muitos desses casos, diagnosticados como insanidade, utilizando um médium em transe (sua esposa) que tomaria o espírito que obsedava o paciente psiquiátrico. Descobriu que muitas dessas entidades não tinham a consciência de terem morrido; sem nenhum conhecimento do pós-vida, encontravam-se numa espécie de estado crepuscular. Com a ajuda de inteligências mais elevadas, do outro lado, foi possível persuadi-los a largar a aura do paciente cuja luz os tinham atraído.
Hugh Lyn Cayce, filho do famoso psíquico Americano, Edgar Cayce, tem, também, muitas histórias de casos de experiências negativas dos quadros de Ouija. No seu livro Venture Inward (1964), no capítulo sobre a Escrita Autómata e os quadros de Ouija, ele conta histórias de pessoas que se meteram em extremas dificuldades, na sequência destas práticas, como sendo:
não incomuns, infelizmente. O medonho disto é que, hoje em dia, podem ser contados aos milhares os casos de internados que se encontram em instituições mentais em todo o Mundo (Cayce 1964).
Paul Beard, como Presidente do Colégio de Estudos Psíquicos, na Inglaterra, estudou muitos casos de obsessões através do quadro de Ouija e conclui que o uso habitual do quadro ou da escrita autómata pode trazer prolongado contacto com espíritos malévolos de uma pessoa morta que poderá penetrar a aura protectora da vítima e depois fazer contacto com a vítima, a qualquer hora, ‘falando-lhe’ em ‘voz’ ou em ‘pensamento’ na cabeça da vítima. Isto pode conduzir a ‘practicamente, contínuas sugestões demoníacas que poderão incluir alucinações visuais’ (Beard 1970). Ian Currie cita um caso em que uma jóvem mãe viu uma alucinação dela própria a torturar e assassinar o bebé dela (Currie 1978:190).
Martin Elbon descreve as suas experiências negativas no Satan Trap (1975). Ele declarou que começou por ser um céptico absoluto de tudo o que tivesse a ver com o oculto mas, viciou-se no quadro quando lhe predisse com precisão as cheias de Nova Iorque de 1973 e lhe deu uma informação íntima sobre a morte dum famoso colunista de crónicas mundanas.
Uma outra mulher que também advertiu contra a utilização do quadro foi Suzy Smith no seu livro de 1971, Confessions of a Psychic . Ela escreveu:
Avise as pessoas para se afastarem do quadro de Ouija e da escrita autómata enquanto não aprenderem a estar completamente protegidas. Dizem que as experiências inocentes em comunicações são tão perigosas como brincar com fósforos ou com granadas. Tenham-me a mim como exemplo daquilo que não devem fazer, uma vez que eu tive dos piores problemas resultantes de tal envolvimento. Tivesse eu percebido, antes, pela minha leitura, que os meus esforços me poriam em estado de perturbação mental e eu teria sido mais precavida (Smith 1971).
Há poucos anos atrás, tive comhecimento do caso dum jóvem que tinha estado a utilizar o quadro de Ouija para pedir números para ganhar ao jogo. Por algum tempo ele ganhou, na realidade e ficou excitado com as informações que lhe eram dadas pelos seus novos ‘amigos’. Mas, quando ele tentou deixar de usar o quadro, começou a ser obcedado por vozes e a erguer-se às duas ou às três horas da madrugada em estado de terror, sendo, literalmente, espremido e sufocado por uma figura vingativa que clamava pagamento do que lhe era devido.
Deverei esclarecer que, pela minha própria experiência, não existem garantias de que alguém possa utilizar o quadro de forma ‘segura’. Pense no caso da rapariguinha de 11 anos que, ao brincar com o quadro, lhe foi dito que ela morreria aos treze anos de idade. Toda a sua personalidade mudou e, durante dois anos ela e os seus pais viveram num autêntico inferno até que se chegou à conclusão de que o quadro não estava correcto. (Hunt 1985:12).
Contudo, apesar de psíquicos experimentados avisarem dos perigos do quadro de Ouija e de avisarem que muitas comunicações através do quadro não eram com quem se diziam ser, tem havido muitas comunicações de longo termo que começaram, precisamente, através dele.
Um dos casos espectaculares de comunicação positiva foi a que teve Pearl Curran que experimentou o quadro com a sua vizinha a 12 de Julho de 1912. Depois de um ano de experimentações, ela começou a receber comunicações de Patience Worth, uma entidade espitual que disse ter nascido em 1649 perto de Dorsetshire, na Inglaterra.
Entre 1912 e 1919, ela ditou, utilizando o quadro, cinco milhões de palavras – epigramas, poemas, alegorias, pequenas histórias e novelas completas. As suas obras completas perfazem um total de vinte e nove volumes encardenados, 4.375 páginas singelas. Havia cinco novelas completas, a mais conhecida das quais era The Sorry Tale, uma história da vida terrena de Jesus que foi revista da seguinte maneira:
Esta longa e intrincada história da vida de Judeus e Romanos, no tempo de Jesus, foi construida com a precisão e a certeza duma mão de mestre. É um livro belo, maravilhoso e nobre (The New York Times, July 8, 1917).
Patience Worth também escreveu mais de 2.500 poemas. Ela venceu uma competição de poesia na qual quarenta mil participantes submeteram múltiplas entradas. As suas obras eram, regularmente, publicadas pela mais prestigiosa antologia poética anual da América.
Um dos seus grandes admiradores era o editor William Reedy que era um dos membros do comité de selecção dos Prémios Pulitzer de poesia. Ele visitava regularmente a casa de Pearl e dizia dos seus poemas:
Contêm páginas de uma enfeitiçante beleza, de invulgar elevação de espírito e de tristeza. Não se iguala a Shakespeare ou a Spencer. Não é tão grandioso como Chaucer. Mas se houver poesia comunicada pelas inteligências, através do quadro de Ouija ou outro método qualquer… é boa poesia, melhor poesia do que a que encontramos nas revistas – poesia com qualidade própria (Hunt 1985:31).
Uma outra entidade que começou com as comunicações através do quadro de Ouija foi Seth que apareceu quando Jane Roberts e o seu marido começaram a utilizar o quadro de Ouija, em 1963. Na sua quarta tentativa uma entidade que se apresentou como sendo ‘Frank Withers’ e disse ter vivido na Terra, pela última vez, como professor de Inglês e que tinha morrido em 1942. Mais tarde ele explicou que preferia ser chamado ‘Seth’ e que ele tinha uma missão especial que era ajudar as pessoas a entenderem-se melhor a elas próprias e à realidade.
Através de Jane, Seth ditou vários livros que foram ‘best sellers’ que tratavam da natureza da realidade, da reencarnação, dos sonhos, das viagens astrais e da natureza de Deus. Ele deu instruções pormenorizadas aos seus leitores sobre o desenvolvimento das técnicas da meditação e da PES . Diagnosticou algumas doenças, descreveu, correctamente, o conteúdo de alguns prédios e salas a muitos quilómetros de distância e materializou-se numa aparição, em local bem iluminado (veja Roberts 1974, 1994, 1997-a e 1997-b).
Existem muitas outras histórias de relações literárias e criativas bem sucedidas, através da utilização dos quadros de Ouija, incluindo as de James Merril, vencedor dum Prémio Pulitzer e que escreveu The Changing Light of Sandover (1982) utilizando os quadros de Ouija.
As suas terríficas experiências (visões, transfigurações físicas, presenças poderosas) assim como as suas experiências positivas e alegres, são vivamente relatadas no poema. Todavia, após mais de trinta anos de experiência com o quadro ele já não recomenda aos seus amigos a utilização do quadro, porque:
Nunca se pode saber, antecipadamente, a susceptibilidade de cada um
O que pessoalmente acho esmagador acerca do quadro de Ouija é a extensão da sua compatibilidade com as descobertas de pesquisadores que trabalharam com médiums de alta qualidade, com o fenómeno de voz electrónica e em todas as outras áreas de pesquisa científica mencionadas neste livro. É simplesmente impossível explicar as enormes diferenças de comunicações que se recebem quando entidades de níveis diferentes se estão comunicando – frequentemente em rápida sucessão – baseadas, puramente, na projecção do inconsciente dum indivíduo ou dum grupo.
24. Automatismo poliglota‘Mesmo se a telepatia fosse, provadamente, verdadeira’ dissera um eminente biólogo a William James, ‘os sábios teriam que trabalhar em conjunto para a encobrir, porque isso transtornaria a uniformidade, sem a qual os cientistas não conseguiriam levar a cabo os seus propósitos’
Brian InglisUm dos mais fascinantes fenómenos psíquicos, que teólogos, cépticos e ateus têm, contínua e deliberadamente ignorado é o automatismo poliglota – a capacidade de falar ou escrever uma língua estrangeira que nunca se aprendeu. Depois de todas as outras explicações terem sido investigadas – tais como fraude, memória genética, telepatia e criptomnesia (a lembrança de uma língua estrangeira aprendida anteriormente), o automatismo poliglota é tomado como prova quer de memórias duma língua aprendida numa vida passada, quer da comunicação com uma entidade desencarnada – uma pessoa espiritual.
Existem muitos casos registados de adultos e crianças a falar e escrever línguas que nunca aprenderam. Por vezes isso acontece, espontâneamente, mas, muitas vezes ocorre quando a pessoa está sob hipnose ou num estado alterado de consciência. Algumas pessoas apenas se lembram de algumas palavras, enquanto que outras tornam-se completamente fluentes e capazes de falar com naturais dessas línguas, por vezes em dialectos desconhecidos, caídos em desuso durante séculos.
• Dr. Morris Netherton relata o caso de um rapaz de 11 anos, louro e de olhos azuis, que falou durante onze minutos num antigo dialecto Chinês, sob o estado de hipnose, enquanto tudo era gravado. Quando a gravação foi levada a um professor do Departamento de Estudos Orientais da Universidadae da Califórnia, descobriu-se que era a recitação duma religião proibida na China Antiga (Fisher 1986:202).
• O médium Americano George Valentine, sob o estado de transe, conduziu sessões em Russo, Alemão, Espanhol e Galês.
• O médium Brasileiro Carlos Mirabelli falou e escreveu longos documentos técnicos em mais de trinta línguas incluindo o Sírio e o Japonês, na presença de cientistas e de multidões de 5.000 pessoas (Lazarus 1993:121).
• Em 1987, os médicos duma penitenciária em Ohio, EUA, descobriram que um condenado por estupro de nome Billy Mulligan, se tornou possesso por duas personalidades, ambas as quais se comunicavam em duas línguas diferentes. Mulligan nasceu e foi criado nos E.U. A. e não falava nenhuma língua estrangeira. Mas, quando era possesso por Abdul, Mulligan conseguia falar e escrever o Árabe, perfeitamente; na personalidade de Rugen, ele falava, perfeitamente, Servo-Croata com um acentuado sotaque Eslavo (Lazarus 1993:83).
As explicações mais óbvias para estes casos são: ou fraude deliberada ou ter a pessoa aprendido a língua na sua infância sem disso ter conhecimento. Os investigadores escrupulosos tomam sempre o cuidado de investigarem minuciosamente estas duas hipóteses.
• Dr. Ian Stevenson é um dos mais respeitados cientistas dos E.U.A. Fez pesquisas sobre o automatismo poliglota e o seu livro Xenoglossy (Stevenson 1974) é um dos principais estudos científicos nesta área. Nele ele documenta o estudo por ele feito a uma mulher Americana de 37 anos de idade. Sob o estado de hipnose, ela mudou totalmente de voz e personalidade para a dum indivíduo masculino. Falou, então, fluentemente, em Sueco – língua que ela não falava ou compreendia quando no estado consciente normal.
O envolvimento directo do Dr. Stevenson neste caso manteve-se por mais de oito anos. O estudo envolveu linguistas e outros peritos e cientistas que investigaram, meticulosamente, todas as explicações alternativas.
Fraude foi excluida por um variado número de razões substantivas que Stevenson descreve no seu estudo. A senhora em causa e o marido foram investigados em pormenor. Permaneceram sob extrema e contínua observação, não desejavam publicidade e concordaram em que a publicação dos resultados dos estudos seriam sob a condição dos seus nomes serem alterados para proteger a sua privacidade. Ambos, marido e mulher, eram considerados pela vizinhança como sendo pessoas honestas e decentes e o seu comportamento exemplar. Não havia, certamente, nenhum motivo para pensar em ganhos pessoais. Antes pelo contrário, tiveram que sujeitar-se a incómodos, durante muitos anos, até que se completassem os estudos.
A criptomnésia – a lembrança duma língua estrangeira aprendida nos primeiros anos de idade duma pessoa – também foi afastada. Anos de investigação do senhora não sugeriam sequer que ela ou os pais tivessem aprendido o Sueco na sua infãncia ou tivesse tido qualquer ligação com Suecos.
• Um outro caso investigado pelo Dr. Stevenson com igual cuidado foi relatado no número de Julho de 1980 do Boletim da Sociedade Americana para os Estudos Psíquicos. Envolvia uma mulher Índia de nome Uttar Huddar que, com a idade de 32 anos, tomou, espontâneamente, a personalidade duma dona de casa da Bengala Ocidental nos primórdios dos anos 1800. Começou a falar Bengali em vez da sua língua materna o Marathi. Ao longo de dias os semanas, de cada vez, tinham que trazer nativos da língua Bengali para lhe permitir comunicar-se com a própria família.
• O escritor Lyall Watson descreve o caso duma criança de dez anos, um Índio Igarot, que vivia no remoto Vale de Cagayon nas Filipinas. O rapaz nunca tinha tido qualquer contacto com nenhuma língua ou cultura que não fossem as dele. Contudo, sob o estado de transe, a criança comunicava-se, livremente, em Zulu, língua que ele nem sequer saberia que existia. Watson apenas a reconheceu porque tinha passado a sua infãncia na África (citado por Lazarus 1993:84).
• Peter Ramster, um psico-terapeuta Australiano, documentou vários casos minuciosamente investigados. No seu livro The Search for Lives Past (Ramster1990:227) ele cita o caso de Cynthia Henderson cujo único contacto com a língua Francesa tinham sido alguns poucos meses de instrução muito básica no sétimo ano do liceu. Mesmo assim e sob hipnose, ela era capaz de manter uma longa conversação em Francês com um nativo da língua que comentou que ela falava sem nenhum sotaque de Inglês e que a sua maneira de falar remontava ao século dezoito.
Nalguns casos os sujeitos em estado de transe comunicaram-se em línguas que já não se usa ou que são conhecidas por apenas um punhado de peritos.
• Dr. Joel Whitton cita o caso de Harold Jaworski que, sob o estado de hipnose, escreveu vinte e duas palavras e frases que ele se ‘ouviu’ a si próprio falar num passado em que ele era Viking. Trabalhando, independentemente, linguistas identificaram e traduziram dez destas palavras como sendo o Antigo Norueguês e várias das outras como sendo Russo, Sérvio ou Eslavo. Todas eram palavras associadas com o mar (Whitton e Fisher 1987:210).
• Em 1931, uma jóvem rapariga Inglesa de Blackpool, conhecida como Rosemary nos arquivos da Sociedade para os Estudos Psíquicos, começou a falar num dialacto do Antigo Egipto, com a influência da personalidade de Telika-Ventiu que viveu, aproximadamente, no ano 1400 AC. Perante o Egiptólogo Howard Hume, ela escreveu, com exactidão, 66 frases na escrita perdida dos hieróglifos e falou numa língua não ouvida por milhares de anos, fora dos meios académicos (Lazarus 1993:85).
• Pearl Curgen, uma médium de Saint Louis, que mal sabia ler e escrever, começou a escrever em Inglês da Idade Média com espantosa correcção. Sob o guia duma entidade espiritual, ela escreveu sessenta romances, peças teatrais e poemas, incluindo um poema épico de mais de 60.000 palavras (Lazarus 1993:119).
A somar a fraude e a criptomnésia, duas outras ‘explicações’ por vezes dadas pelos cépticos para o automatismo poliglota são a ‘telepatia’ ou a ‘memória genética’. Contudo, nunca houve, em nenhuma parte do mundo, nenhum caso documentado duma pessoa capaz de falar uma língua estrangeira que tenham aprendido por telepatia.
A outra chamada ‘explicação’ – a memória genética, é, igualmente, difícil de tomar com seriedade. A pretensão de que, de alguma forma, uma língua da China Antiga penetrou no gene dum rapaz de onze anos, Americano, caucásico, permitindo-lhe falar essa língua é risível.
Existem, literalmente, milhares de casos de automatismo poliglota. Muitas centenas dos quais foram documentados. Referem-se quer a línguas modernas quer a línguas extintas de todas as partes do Mundo. Os pesquisadores psíquicos, tais como o altamente credenciado Dr. Ian Stevenson, utilizaram o método científico para ilustrar o automatismo poliglota e declararam que existem apenas duas explicações possíveis – ou o contacto com espíritos ou a memória de vidas passadas, ambas as quais são provas da existência do pós-vida.
A responsabilidade passa assim para o campo dos cépticos para tentarem apresentar uma explicação alternativa plausível. Até hoje, nenhum foi capaz disso.
Deste modo, na ausência de nenhuma outra explicação de crédito, e no contexto das outras sólidas provas existentes do pós-vida – o fenómeno da voz electrónica e a mediunidade – o automatismo poliglota torna-se fácil de aceitar como mais uma sólida prova da existência da sobrevivência.
25. PoltergeistAs mentes são como páraquedas. Só funcionam quando abertas.
Lord Thomas DewarA palavra ‘poltergeist’ é uma palavra Alemã que significa, literalmete, ‘espírito barulhento’. Pesquisas nesta área desde os Estados Unidos, Brasil, Inglaterra, Escócia, Irlanda, Canadá, Finlândia, Alemanha, França, Itália, Malta, Índia, Rússia e outros países são bastante objectivas e conclusivas. O comportamento dos ‘poltergeist’ variam desde as manifestações leves até às destrutivas.
Tem havido milhares de incidentes ‘poltergeists’ registados por todo o Mundo. Tem havido casos de objectos sólidos atirados pelo ar, enormes armários de cozinha a levitarem, pratos, copos e roupas postas a arder e vozes humanas vindas não se sabe de onde. Noutros casos têm sido observados vasos que são esmagados no chão ou contra paredes e fósforos que são acendidos na cara de testemunhas – como se alguma pessoa invisível estivesse acendendo uma caixa de fósforos. Muitos dos casos relatam casos de pedras arremeçadas e coisas materiais movidas.
Michael Gross, um escritor Inglês, escreveu uma biografia doutamente anotada de 1.111 orígens acerca de casos de ‘poltergeist’ em diversos países (Gross 1979). Colin Wilson produziu um livro de 382 páginas de leitura fácil e bastante completa, chaia de casos (Wilson 1981). O livro de Guy Playfair This House is Haunted constitui uma excelente descrição do caso ‘poltergeist’ de Enfield. Alan Gauld, um académico, e Tony Cornell, um conselheiro camarário, ambos pesquisadores psiquicos, escreveram um livro de estudo Poltergeist – abrangendo os últimos quinhentos anos em vários países do Mundo – também juntaram um apêndice com uma lista cronológica de 500 casos, com origens e características dos casos.
Por vezes, polícias experimentados presenciaram e testemunharam estes fenómenos de ‘poltergeist’ que não podem ser explicados de outro modo senão por inteligências perturbadas do pós-vida.
Muitas vezes médiums profissionais foram capazes de contactar com os ‘poltergeists’ que conseguiram explicar a razão da perturbação dos ‘poltergeists’.
Informações que nos chegam do pós-vida dizem-nos que, pelo facto de entrarmos noutra dimensão na hora da morte, isso não significa que a nossa personalidade se transforme. O estado mental na hora da morte é crucialmente importante. A mente, o carácter e a personalidade não mudam, em nada, imediatamente a seguir à morte.
E, se uma pessoa está extremamente perturbada na hora da morte, há a possibilidade de que essa pessoa continue a estar perturbada no Mundo seguinte – por um periodo indeterminado de tempo.
Em muitos casos, o motivo das actividades ‘poltergeist’ é directamente ligada a assuntos sérios não concluidos. Por vezes, crimes graves tais como o assassínio, a violação, a tortura e algumas outras formas de injustiça motivam a inteligência do pós-vida a procurar vingança. Um ‘poltergeist’ determinado pode provocar grande prejuizo a pessoas e bens.
Uma outra causa comum da actividade ‘poltergeist’ é quando uma pessoa é retida entre o Mundo físico e o pós-vida. Pensam que ainda estão vivas e continuam a viver na mesma casa. Ocasionalmente, uma das pessoas ocupando a mesma casa pode ter uma quantidade acima do normal de ectoplasma – a substância de aparência gasosa emitida pelo corpo humano e que pode ser utilizada por entidades do pós-vida para se fazerem notados.
Na Inglaterra
Um dos mais fascinantes casos de actividades ‘poltergeists’, na Inglaterra, foi na casa Harper, em Einfield, e durou mais de dezasseis meses, entre Agosto de 1977 e Outubro de 1978. Mrs. Harper, uma divorciada, viveu aí, com os seus quatro filhos, dois rapazes e duas raparigas, de idades entre os sete e os treze anos.
Os distúrbios que não eram de origem física humana foram testemunhados por várias pessoas de origens diferentes e de crenças religiosas diversas. Incluiam agentes da polícia inicialmente cépticos, políticos, psicólogos, psiquiatras, jornalistas e assistentes sociais que assistiram, todos, à ocorrência das actividades ‘poltergeist’.
Dois consistentes investigadores, envolvidos durante um longo periodo de tempo, foram os escritores Guy Lyon Playfair, um experimentdo observador dos fenómenos ‘poltergeists’ no Brasil e Maurice Gross, membro activo da Sociedade Inglesa para os Estudos Psíquicos (SPR). Playfair e Gross estimaram que para cima de 2.000 fenómenos inexplicáveis foram observados por, pelo menos, 30 testemunhas.
Algumas das actividades desta caso de ‘poltergeist’ incluiam:
• arremeçar de objectos domésticos por todo o lado, cadeiras a serem partidas, brinquedos de crianças a voarem pelos ares, atiradas por uma força invisível,
• ateamento de lume que se apagava por si próprio,
• descarga da pilhas das máquinas fotográficas dos jornalistas e doutras pilhas electrónicas imediatamente depois dessas pilhas terem sido carregadas,
• arremeço da grelha de ferro da base da lareira, através da sala, não atingindo, por um triz, um dos rapazes da família Harper,
• atiçamento dum forte rasto de fogo de gas através da parede.
Respondendo a um dos investigadores, um dos ‘poltergeist’ disse que ele era ‘Joe Watson’. Questionado sobre a razão do ‘poltergeist’ respondeu ‘Eu dormia aqui’ – admitindo, implítamente, que todos os demais estariam a invadir propriedade alheia.
Uma marca apareceu num dos travesseiros – como se uma cabeça invisível tivesse lá repousado; isto foi testemunhado pelo investigador Guy Playfair. Vozes dizendo ‘F… para fora daqui’, ‘Eu estava a dormir aqui’ e ‘Gosto de te chatear’ foram ouvidas falando directamente para o investigador Playfair.
Poltergeist nos Estados Unidos
A polícia chegou á casa de Mrs. Beulah Wilson, em 19 de Dezembro de 1976, após ela se ter queixado de actividades regulares ‘plotergeist’. A anteriormente céptica polícia tinha ignorado as queixas mas, quando ela entrou na casa, diz-se que ela testemunhou o comportamento destrutivo de alguns intrusos invisíveis que partiam pratos, cadeiras de madeira e outros objectos domésticos. Neste caso particular, a polícia assistiu ao espectáculo surpreendente do armário de cozinha com o peso duns 100 kgs a flutuar no ar, sem nenhum suporte.
Milhares doutros casos de ‘poltergeist’ têm sido relatados nos Estados Unidos.
Der Rosenheimer Spuk
Uma poderosíssima actividade ‘poltergeist’ ocorreu no escritório de um advogado na cidade da Bavária de Rosenheim, em 1967.
A actividade ‘poltergeist’ centralizou-se em redor da secretária de dezoito anos, Annemarie Schneider. Uma manhã, no seu primeiro dia de trabalho no escritório, ela desceu para átrio de entrada. Testemunhas declararam que:
• a lâmpada do tecto começava a baloiçar;
• a lâmpada no vestiário começava também a baloiçar;
• uma lâmpada directamente por cima dela explodiu;
• uma lâmpada fluorescente na sala contígua apagou-se
Noutras ocasiões:
• ouviram-se estrondos ruidosos;
• todas as luzes do escritório se apagaram ao mesmo tempo
• os fusíveis eléctricos queimavam-se sem causa nenhuma;
• as caixas de fusíveis eram despoletadas;
• todos os quatro telefones desatavam a tocar sem que ninguém estivesse na linha;
• as chamadas telefónicas eram frequentemente cortadas ou interrompidas por breves trechos de tempo;
• as contas de telefones saltaram, repentinamente, para montantes exorbitantes;
• o líquido revelador das máquinas de fotocópias espirravam sem que ninguém lhes tocasse;
• os técnicos das investigações captaram lâmpadas e quadros baloiçantes nas suas cãmaras fotográficas;
• os físicos F. Karger e G. Zicha (1968) não conseguiram encontrar nada de errado com o sistema eléctrico ou outras coisas materiais no escritório;
• observaram-se gavetas que se abriam por si próprias;
• por duas vezes um arquivo com cerca de 200 quilos foi visto a mover-se sózinho.
Professores, jornalistas, polícia e outras testemunhas atestaram o fenómeno ‘poltergeist’. O Professor Bander, um parapsicólogo que também investigou este caso especial do fenómeno ‘poltergeist’, concentrou as suas pesquisas sobre Annemarie. Quando Annemarie deixava de trabalhar, fosse onde fosse, o fenómeno ‘poltergeist’ parava abruptamente.
Nenhum investigador levantou a questão de embuste por parte de Annemarie ou de qualquer outra pessoa. Era claro que Annemarie era uma talentosa jóvem rapariga com dotes psíquicos e possuidora de ectoplasma em abundância. Como atrás dito, a inteligência do pós-vida usaria este ectoplasma para provocar distúrbios de acordo com a sua força e motivação.
Noutro local, em 1969, em Nicklheim, na Alemanha, foi relatado que para-cientistas investigaram os aportes – a movimentação de objectos sólidos ‘por si próprios’ dum lugar para outro. Os para-cientistas comunicaram-se com esta forma particular de ‘poltergeist’ e instruiram o ‘poltergeist’ invisível para remover frascos de perfume de uma sala para serem transportadas para fora. Pouco depois, na presença de muitas testemunhas, esses frascos de perfume foram vistos a cair do céu.
O que dizem os materialistas e os cépticos de espírito fechado?
Os materialistas não conseguiram apresentar uma explicação alternativa credível, coerente e lógica para o fenómeno ‘poltergeist’. Dizem que, em muitos casos, são devidos a uma jóvem adolescente a ser ‘mal criada’ em casa. Isto não é aceitável, nem razoável e nem atestável pelas razões expostas mais adiante.
Materialista e céptico entrincheirado, o Professor William Roll, director da Fundação para os Estudos Psíquicos de Durham, na Carolina do Norte, sugeriu, com seriedade, que o fenómeno ‘poltergeist’ não era devida a uma entidade perturbada do pós-vida mas a uma extrema frustação e cólera sexual de adolescentes por volta da idade da puberdade. E é a energia suprimida que se ‘exterioriza’ todo o fenómeno ‘poltergeist’. Nalguns padrões de actividade ‘poltergeist’, diz este Professor, o comportamento relaciona-se com o ciclo menstrual feminino.
Muitos leitores, estou certo, tal como muitas pessoas nas minhas reuniões, rebentarão de riso perante esta declaração ridícula deste professor que não pode ser atestada científicamente.
O bom professor não explica como é que esta teoria contribui para:
• A actividade ‘poltergeist’ apenas durar pouco tempo, enquanto que a puberdade e a suposta frustação sexual se prolongam por alguns anos;
• A energia ‘exteriorizada’ pela mulher durante o seu ciclo menstrual, como sendo capaz de dar factos e detalhes precisos de nomes, datas e causas de morte de anteriores ocupantes duma casa;
• Materialização de coisas e a capacidade de atear fogos;
• Aparições;
• Um jipe ser levantado a 15 metros de altura (Playfair 1975);
• Serem ouvidas vozes de pessoas de meia idade
• Pesadas peças de mobiliário serem leventadas;
• Pedras serem arremeçadas por ‘poltergeists’, o que acontece em muitos países;
• Os ‘poltergeists’ serem capazes de acelerar a vibração de objectos sólidos e de os transportar para uma outra casa;
• Respostas verbais ou em código dos ‘poltergeists’ a questões e comandos;
• O facto de algumas actividades ‘poltergeists’ serem muito vingativas e danificadoras;
• Algumas manifestações verbais de ‘poltergeists’ serem repugnantemente sujas e obscenas;
• Alguns ‘poltergeists’ exibirem personalidades de depravados homens mais velhos;
• Alguns ‘poltergeits’ serem mansos e até brincalhões;
• Nenhuma actividade ‘poltergeist’ ocorrer na esmagadora maioria de casas onde moram adolescentes na idade da puberdade;
• Actividades ‘poltergeists’ ocorrerem em casas onde nem existem adolescentes;
• As actividades ‘poltergeists’ terminarem quando a entidade é contactada por um médium dotado que o consegue persuadir a seguir a sua vida.
Fomos informados que, em última análise, o Professor Roll, relutantemente, admitiu que, nalguns casos de ‘plotergeists’, a explicação do espírito tem de ser aceite.
A declaração dos cépticos e dos materialistas, no caso Einfield, era que as raparigas na família Harper tinham um excesso de energia derivada da puberdade que fazia com que acontecesse o problema ‘poltergeist’. Mas isto não explica os incidentes expecíficos, como detalhado atrás, e as centenas de outros casos ‘poltergeits’. Se a energia de raparigas adolescentes fosse a causa das actividades ‘poltergeist’, então, em qualquer parte do Mundo, onde quer que houvessem adolescentes a viver, estariam infestadas de actividades ‘poltergeist’.
Milhares de actividades ‘poltergeists’ têm sido relatados de práticamente todos os países do Mundo. Esses materialistas e outros observadores negativos que continuam a negar a existência dos ‘poltergeists’ ou que afirmam que as perturbações são causadas por forças desconhecidas, não conseguiram, até hoje, dar uma explicação alternativa lógica, racional e científicamente objectiva para a reivindicação de que o ‘poltergeist’ é um entidade perturbada que, por um periodo de tempo, faz com que seja notada pelas pessoas.
A actividade ‘poltergeist’ é compatível com a informação transmitida pelo pós-vida, provinda de centenas de origens várias. Muitas dessas origens, incluindo Silver Birch, dizem-nos que é muito comum que pessoas que morrem e que se encontrem em estado consciente num corpo aparentemente sólido, numa nova dimensão, se recusem a acreditar que estão físicamente mortas. Algumas ficam confusas e causam uma série de prejuizos, por algum tempo.
Não há dúvidas que as provas objectivas que existem sobre a actividade ‘poltergeist’ só podem ser explicadas pela existência do pós-vida.
26. Reencarnação‘Quanto maior a ignorância, maior o dogmatismo’
Sir William Ostler MDReencarnar significa ‘voltar à carne’ e tem origem na palavra latina ‘carne’. Alguns teólogos ocidentais tentam ridicularizar a ideia da reencarnação, dizendo que se pode voltar como um mosquito ou como uma barata. Mas, não existe nenhuma PROVA de que os humanos possam voltar na forma de, seja o que fôr, inferior ao ser humano, como acreditam algumas seitas orientais. Informações que nos são transmitidas pelas Inteligências Superiores, que sabemos serem espíritos extremamente elevados, dizem-nos que aqueles que voltam à Terra voltam sempre como humanos. Dizem que NÃO existe transmigração de espécies e que as evoluídas vibrações da espécie humana não estão sujeitas a regressão às espécies inferiores.
As provas objectivas modernas para a reencarnação vêem da regressão a vidas passadas, lembrança expontânea de vidas passadas, transmissão de informações do pós-vida, teosofia, Edgar Cayce e traduções recentes de textos Sânscritos. Contudo, mantendo a ênfase científica deste livro, concentrar-se-á a atenção na regressão a vidas passadas e na expontânea lembrança de vidas passadas.
Alguns dos que não aceitam a reencarnação argumentam que a prova pode ser explicada pela possessão ou influência espiritual. Que assim seja.
Não é objectivo deste livro argumentar a favôr ou contra a reencarnação – apenas apresentar algumas provas fascinantes. Mas, quer se aceite o ponto de vista da reencarnação ou o da possessão do espírito, as provas dão ainda mais consistência à existência da vida depois da morte.
Regressão a vidas passadas
A regressão a vidas passadas consiste, simplesmente, em pôr uma pessoa em estado de hipnose e pedir-lhe para regressar através da sua infância a um tempo antes de terem nascido. Muitas vezes a pessoa começa a falar da sua vida ou vidas antes do tempo presente, sobre a sua morte anterior e do tempo entre vidas terrenas, incluindo o planeamento da vida presente.
As razões principais pelas quais, pelo menos algumas dessas afirmações devem ser tomadas como provas, são:
• A regressão leva, muitas vezes, à cura duma doença;
• Nalguns casos a pessoa regressada começa a falar numa língua estrangeira que não aprendeu;
• Nalguns casos a pessoa regressada lembra-se de detalhes com extraordinária precisão que, depois de pesquisados, são confirmados por historiadores credenciados;
• A intensidade emocional é tamanha que tem convencido muitos psiquiatras, inicialmente cépticos, que são pessoas que estão habituadas a lidar com fantasias e regressões imaginárias;
• Nalguns casos, a alegada causa da morte da vida imediatamente anterior reflecte-se num sinal de nascença na vida presente.
Por alturas de 1950 a regressão a vidas passadas estava sendo aceite por médicos, inicialmente completamente cépticos, porque funcionava. Como o Dr. Alexandre Cannon escreveu:Por anos, a teoria da reencarnação foi um pesadelo para mim e fiz todos os possíveis para a desaprovar… Todavia, à medida que passavam os anos, um assunto após outro, me contava sempre a mesma história, apesar de crenças conscientes várias e diferentes. Agora, bem mais de mil casos foram investigados e tenho que admitir que existe a reencarnação (citado por Fisher 1986:65)
Psiquiatras em todo o Mundo descobriram que a regressão funciona.
O Dr. Gerald Edelstein, psicólogo:
Estas experiências (regressão a vidas passadas) por razões que não consigo explicar, quase sempre conduziram a melhoras rápidas dos pacientes (citado por Fisher 1986:65)
O bem conhecido psicólogo, Dra. Edith Fiore, dos Estados Unidos, diz:
Se a fobia de alguém é eliminada, instantânea e permanentemente, pela sua lembrança dum evento do passado (vidas passadas), faz sentido lógico que o evento tenha tido lugar (citado por Fisher 1986:65).
O Dr. Gerald Netherton, que foi criado como Metodista fundamentalista, aplicou o método, com sucesso, a 8.000 pacientes. Inicialmente era um céptico mas, em consequência das suas experiências, está agora convicto da eficácia da regressão a vidas passadas. Os seus pacientes, entre os quais se contam padres e físicos, são, quase sempre, inicialmente cépticos mas isto ‘não evita que o método funcione’.
Ele diz:
Muitos pessoas se vão embora, acreditando na reencarnação, como consequência da sua experiência… Qual a resposta lógica? Que, na realidade, aconteceu! (citado por Fisher 1986:65).
O Dr. Arthur Guirdham, um psiquiatra Inglês, mantém que desde sempre tem sido um céptico, o que lhe valeu, quando era rapaz, a alcunha do ‘Thomas das dúvidas’. Mas, depois de 44 anos de experiência de regressão a vidas passadas, por hipnose, ele assevera:
Se eu não acreditasse na reencarnação depois das provas que já recebi, então, eu seria mentalmente atrasado (citado por Fisher 1986:65)
A Dra. Helen Wambach era uma céptica e, em 1975, tomou o encargo de conduzir um estudo sobre as regressões a vidas passadas a fim de descobrir, duma vez por todas, se haveria qualquer verdade na reencarnação.
Ao proceder à análise científica de vidas passadas pelos seus mais de 10.000 voluntários, ela veio com algumas brilhantes provas a favôr da reencarnação:
• 50.6% das vidas passadas relatadas eram masculinas e 49.4% eram femininas – isto está em perfeito acordo com o facto biológico.
• número de pessoas relatando vidas em classes elevadas ou abastadas estava na mesma proporção que as estimativas dos historiadores relativamente à distribuição das pessoas pelas diferentes classes sociais do tempo.
• A recordação de artigos de vestuário, de calçado, de tipos de alimentos e utensílios utilizados era melhor do que nos livros populares de história. Ela descobriu, repetidas vezes, que os seus sujeitos sabiam melhor do que a maioria dos historiadores – quando ela recorria a obscuros peritos, os seus sujeitos estavam invariávelmente correctos.
A sua conclusão foi:
Eu não acredito na reencarnação. Conheço-a! (Wambach 1978).
Poderá surpreender o leitor que mesmo psiquiatras Russos estão a utilizar a regressão a vidas passadas. A Dra. Varvara Ivanova, tida em grande estima pelos cientistas e escritores Soviéticos, é apenas uma entre vários psiquiatras que estão a utilizar, com sucesso, a regressão a vidas passadas como terapia (Whitton e Fisher 1987).
Peter Ramster
Durante as pesquisas que efectuei, durante anos, o hipnoterapeuta mais impressionante que conheci na demonstração da ligação que existe, entre a regressão a vidas passadas e a reencarnação, foi o psicólogo e antigo céptico, Peter Ramster, de Sydney, Austrália.
A informação seguinte foi tomada do importantíssimo livro de Peter Ramster In Search of Lives Past e no discurso por ele pronunciado por ocasião da Nona Convenção Nacional dos Parapsicólogos Australianos, no Hotem Sheraton Wentworth em Sydney, a 27 de Março de 1994 e ainda dos filmes que ele produziu sobre a reencarnação.
Em 1983 ele produziu um impressionante documentário televisivo no qual quatro mulheres de Sydney, que nunca tinham saido da Australia, deram detalhes, sob hipnose, das suas vidas passadas. Então, acompanhado pelas câmaras de televisão e testemunhas independentes, elas foram levadas para o outro lado do Mundo.
Um dos sujeitos envolvidos era Gwen MacDonald, uma céptica inflexível antes da sua regressão. Ela lembrou-se duma vida em Somerset, entre os anos de 1765 e 1782. Muitos factos sobre a sua vida em Somerset que seriam impossíveis de obter dum livro, foram confirmados, perante testemunhas, enquanto ela foi para lá levada:
• Quando levada, de olhos vendados, para a área de Somerset, ela reconheceu o local fácilmente, apesar de nunca ter saido da Austrália;
• Foi capaz de apontar, correctamente, a direcção de três vilas que conhecia;
• Foi capaz de dirigir a equipa de filmagem pelos melhores caminhos, muito melhor que pelos mapas;
• Ela reconheceu onde ficava uma queda de água e o sítio das pedras para a passagem a vau. Os habitantes actuais confirmaram que as pedras tinham sido retiradas havia quarenta anos;
• Ela apontou para um cruzamento onde afirmava ter havido cinco casas. Investigações provaram que isso era verdade e que as casas tinham sido deitadas a baixo trinta anos antes e que uma delas tinha sido a ‘casa da sidra’ precisamente como ela dissera;
• Ela conhecia nomes de vilas de há duzentos anos, embora elas já não constassem de mapas ou tivessem os nomes alterados;
• As pessoas que ela disse conhecer provou-se terem existido – uma delas teria pertencido ao regimento que ela indicou;
• Ela conhecia, em detalhe, lendas locais que os historiadores de Somerset confirmaram serem verdadeiras;
• Ela utilizou, correctamente, palavras obscuras do oeste da região, que já não constam de dicionários, tal como ‘tallet’ significando ‘loft’ (águas furtadas).
• Ela sabia que a população local chamava à Abadia de Glastombury de ‘St. Michael’s’ – facto que só foi possível confirmar ao ler um livro desconhecido com mais de 200 anos, não existente na Austrália;
• Ela foi capaz de descrever, correctamente, como um grupo de Druidas se enfileirava pela Colina Glastonbury acima, em espiral, por ocasião dos seus rituais da Primavera, facto desconhecido da maioria dos historiadores universitários;
• Ela sabia que existiam duas pirâmides na Abadia de Glastonbury já desaparecidas há longo tempo;
• Em Sydney ela desenhou esculturas que ela descrevia como estando numa casa, no meio de cinco casas, junto ao rio. Estas foram encontradas numa velha casa desconhecida a cerca de dois quilómetros da Abadia de Glastonbury;
• Em Sydney, ela foi capaz de desenhar o interior da sua casa em Glastonbury, o que correspondeu em absoluto;
• Ela descreveu uma pousada que ficava situada a caminho de casa. Foi também confirmado;
• Ela foi capaz de conduzir a equipa de filmagem directamente para o que é agora o ‘pátio dos frangos’. Ninguém sabia o que estava no chão até que o limparem. Contudo, no chão, puderam encontrar a pedra que ela tinha descrito em Sydney;
• Os locais vinham todas as noites para lhe fazer perguntas sobre a história da região – ela respondia correctamente a todas as perguntas tal como a dum grande atoleiro – onde se perdia gado.
Cynthia Henderson, um outro sujeito das experiências de Peter Ramster, relembrou uma vida durante a Revolução Francesa. Quando em transe ela:
• Falou em Francês sem nenhum sinal de sotaque Australiano;
• Entendeu e respondeu a perguntas que lhe foram postas em Francês;
• Usou o dialeto da época;
• Soube o nome de ruas que foram mudadas e que só constavam de mapas antigos;
Peter Ramster tem muitos outros casos documentados de regressão a vidas passadas que, em termos muito claros, constituem prova da existência do pós-vida.
A recordação expontânea de vidas passadas
O internacionalmente aclamado caso de Shanti Devi é um dos casos mais espectaculares da história da recordação espontânea de vidas passadas. Este foi um caso passado na Índia e que começou em 1930, muito antes de Stevenson começar as suas próprias experiências. Contudo, ele reviu o caso a partir de extensa informação documental existente e constatou que Shanti Devi tinha feito, pelo menos, 24 declarações precisas das suas memórias que coincidiam com factos confirmados (Reincarnation International, Jan. 1994 No. 1 Lon).
Com a idade de quatro anos, em 1930, em Delhi, na Índia, Shanti Devi começou a mencionar certos detalhes de vestuário, alimentos, pessoas, acontecimentos, lugares que surpreendiam os seus pais. Sucintamente, Shanti mencionou o seguinte, que foi mais tarde confirmado como verdadeiro. Ela:
• Identificou-se a si própria como Lugdi que vivia em Muttra a 128 quilómetros de distância;
• Falou no dialecto dessa região sem nunca o ter aprendido;
• Disse ter dado à luz uma criança, morrendo dez dias depois, eventos que foram mais tarde confirmados como tendo acontecido a Lugdi;
• Quando transportada a Muttra reconheceu o marido da sua vida anterior, Kadar Nath, e contou-lhe várias coisas que ambos tinham feito no passado;
• Foi capaz de identificar, com precisão, vários marcos importantes do sítio onde ela vivia na vida anterior em Muttra, imediatamente antes de ter chegado à casa onde vivia;
• Foi capaz de dizer, correctamente, como é que a mobília estava distribuida na casa onde ela vivia;
• Sabia onde tinha escondidas 150 rupias na sua casa da sua vida anterior, num alçapão do quarto que servia de esconderijo. O seu marido da vida anterior, Kadar Nath, confirmou que, embora o dinheiro já não estivesse mais lá, ele é que o tinha retirado;
• Identificou, correctamente, os pais de Lugdi, dentre uma multidão de pessoas.
Este caso foi tão impressionante para as autoridades, que foi costituido um comité de pessoas gradas que incluiam um importante político, um advogado, o director dum jornal (Pandit Naki Ram Sahrms, Tara Chand Mathur e Lala DeshbanduGupta) para investigar o caso de Shanti Devi. O comité ficou mais do que convencido de que Shanti sabia de coisas que não poderia obter recorrendo a burla, fraude ou a qualquer outra forma ilegítima. Nenhuns dos membros do comité conhecia Shanti, nem tinham qualquer tipo de ligação com ela, fosse de que modo fosse. O seu veredicto definitivo foi, em termos claros, que todas os factos constituiam prova conclusiva da reencarnação.
O caso tornou-se internacionalmente conhecido e atriu a atenção de muitos sociólogos e escritores. Por exemplo, nos anos 1950, um escritor Sueco de nome Sture Lonnerstrand viajou para a Índia para se encontrar com Shanti Devi e para continuar a investigar, por si próprio os factos. Ele também chegou à conclusão irreversível de que o caso Shanti constituia a prova dos nove da reencarnação (Reincarnation International Jan. 1994 No. 1 Lon).
Arthur Guidham e Mrs. Smith
Um caso Inglês que conseguiu convencer muitos peritos, incluindo o psiquiatra, Dr. Arthur Guidham, foi o da Mrs. Smith, uma dona de casa perfeitamente saudável que ao longo de anos vinha sofrendo de pesadelos terríveis nos quais ela morria na fogueira (Guirgham 1970).
Ela deu ao Dr.Guirdham cópias de desenhos e de versos de canções que ela tinha escrito quando era aluna. Peritos em Francês Medieval confirmaram que ela tinha escrito em langue doc, a língua do sul de França durante os séculos doze e treze.
Ela continuou a assombrar os especialistas com o seu conhecimento dos Cathars em Toulouse que tinham sido perseguidos pelas forças da Inquisição. Em 1944, ela reproduziu, palavra por palavra, canções que apenas foram descobertas em 1967. Ela conhecia pormenores históricos que apenas mais tarde viriam a ser conhecidos depois de penosas investigações, tais como:
• Desenho correcto de moedas Francesas antigas, jóias e planta de edifícios;
• Pormenores correctos da família e relações sociais de pessoas que não constam de livros de texto mas que foram descobertas através dos registos da Inquisição;
• Que a cripta de certa igraja foi utilizada para manter prisioneiros;
• Detalhes de rituais e de paramentos religiosos.
O Professor Nellie, a maior autoridade vivente dessa época, ficou tão impressionado que avisou Guirdham que, de futuro, sempre que houvesse contradição entre o ponto de vista histórico e as lembranças do seu paciente que ele deveria ‘ir pelo seu paciente’.
Guirdham acabou por descobrir, mais tarde, várias outras pessoas próximas dele que partilhavam todas das mesmas lembranças e que ele documentou no seu livro The Cathars and the Reincarnation . Dum totalmente céptico, alcunhado de ‘Tomás das dúvidas’, ele acabou por colocar em risco toda a sua considerável reputação profissional ao proferir palestras sob o tema ‘A Reencarnação e a Prática da Medicina’ aos seus colegas da profissão médica Inglesa (Guirdham 1969).
Dr. Ian Stevenson
A pesquisa científica sobre a reencarnação efectuada pelo Dr. Ian Stevenson, Professor de Psiquiatria da Escola Médica da Virgínia, é brilhantíssima. Específicamente, ele investigou o que é conhecido como ‘a recordação espontânea de vidas passadas’.
Ao longo de vários anos, o Dr. Stevenson, utilizando métodos científicos, entrevistou mais de quatrocentas crianças dos Estados Unidos, da Inglaterra, da Tailândia, de Burma, da Turquia, do Líbano, do Canadá, da Índia e doutros países, que diziam serem capazes de se lembrar de acontecimentos de vidas passadas. A metodologia de investigação científica incluia a verificação e a análise (sempres que relevante) de documentos, cartas, registos de autópsias, certidões de nascimento e de falecimento, arquivos de hospitais, fotografias, jornais e outros.
Os arquivos médicos são importantes, especialmente quando uma criança declara ter sido assassinada numa vida passada. O Dr. Stevenson descobriu que, em casos de morte violenta, a criança pode trazer um sinal de nascimento no local onde teria sido esfaqueada, apanhado um tiro ou o que lhe tivesse causado a morte.
• Um dos exemplos de casos de sinais de nascimento do Dr. Stevenson foi o que aconteceu com Ravi Shankar. Ele lembrava-se de ter sido horrívelmente decapitado em criança por um parente esperançado em poder herdar a riqueza do seu pai. A criança, na sua vida presente, tinha um sinal de nascença circundando o pescoço. Quando o que ele contava foi investigado, descobriu-se que a pessoa que ele dizia ter sido morreu, efectivamente, como ele dizia;
• Um segundo caso envolvia uma criança na Turquia que se lembrava de ter sido um ladrão que estava prestes a ser apanhado pela polícia. Cometeu suicídio, disparando uma espingarda contra si próprio, apontando a arma ao seu queixo. A criança que dizia lembrar-se da vida passada nasceu com um sinal bem distinto debaixo do queixo. Levando a investigação mais além, descobriu-se que ela tinha um outro sinal no cimo da cabaça, no sítio exacto onde a bala teria saído. Quando o Dr. Stevenson estava a investigar este acontecimento, na Turquia, um homem já idoso informou o Dr. Stevenson de que ele se lembrava do acontecimento e testemunhou quanto ás circunstâncias do corpo baleado.
O que deve ser tido em consideração é que o Dr. Stevenson pôs a sua reputação em perigo quando ele apresentou o seu trabalho cientíifico ao Mundo através das revistas de psiquiatria mais prestigiosas do Mundo tais como o The Journal of Nervous and Mental Disease (Setembro 1977) e The American Journal of Psychiatry (Dezembro 1979). Ele publicou vários livros acerca de recordação de vidas passadas e, de cada vez que um volume era publicado, acumulavam-se os pormenores que confirmavam as provas da reencarnação.As pesquisas científicas de Stevenson foram uma sacudidela na usual complacência céptica do Mundo académico. Era uma das primeiras vezes que um cientísta, com uma reputação já estabelecida nas ciências físicas, apresentava provas que, á luz de fossem quais fossem os critérios objectivos, apontavam para a evidência clara da reencarnação e da inevitabilidade do pós-vida.
Concerteza que houve quem tentasse criticar o Dr. Stevenson mas, os críticos NÃO eram cientistas, nem tinham a necessária substância técnica que lhes permitisse lidar com o método científico utilizado pelo Dr. Stevenson. Muitos destes críticos de somenos importância pertenciam a um sistema particular de crenças que é, intrínsecamente, hostil á crença na reencarnação.
Houve outros que deveriam ter melhores conhecimentos e que repetiam, liminarmente, as críticas a Stevenson sem examinarem, eles próprios, o trabalho científico de Stevenson. Por exemplo, no livro de Paul Tabori e Phyllis Raphael, Beyond the Senses – a report on psychical resaerch in the sixties (1971) um antigo eminente membro da Sociedade para a Pesquisa Psíquica, George Medhurst, admite, em resposta a questão que lhe tinha sido posta, que ele sabia muito pouco acerca do trabalho do Dr. Stevenson mas diz, e note-se a patente hostilidade infundada sobre o trabalho de Stevenson:
Só sei um pouco sobre estes trabalhos (do Dr. Stevenson)…Sei que houve críticas acerca dos resultados encontrados… que o Dr. Stevenson não teria tido os contactos adequados com as pessoas com quem lidava (1971:216).
Em primeiro lugar, George Medhurst admite ignorãncia técnica em relação ás pesquisas científicas de Stevenson. Em segundo lugar, ele se estriba em alguém para criticar Stevenson. Em terceiro lugar, Medhurst não identifica esse ‘alguém’. Medhurst aceita a crítica como válida, pois, caso contrário, não a teria repetido. Este tipo de desonestidade intelectual e mistificação por parte de Medhurst são uma indicação de até onde podem ir os cépticos inflexíveis de espírito fechado no intuito de denegrir grandes trabalhos científicos.
Por contraste, houve cientístas objectivos, de reputação nacional que atestaram o profissionalismo e a alta credibilidade da estricta aderência do Dr. Stevenson ao método científico.
Estes incluem o Professor Dr. Albert J. Stunkard, Director do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Pennsylvania. Entre outras declarações positivas, ele diz:
O Dr. Stevenson é o homem mais crítico que eu conheço a trabalhar nessa esfera e, talvez, o mais reflectido, com talento para construir processos de controlo investigativo adequados às pesquisas.
O Professor Dra. Gertrude Schmeidler do Colégio da Cidade da Universidade da Cidade de Nova Iorque diz, entre outras coisas:
Stevenson é das pessoas mais cuidadosas e concienciosas, de uma enorme capacidade intelectual e que se pautua pelos mais altos padrões profissionais. Ele possui uma forma de abordagem muito minuciosa para a recolha e análise de informações em bruto.
O Professor Dr. Herbert S Ripley, Director do Departamento de Psiquiatria da Universidade Washington em Seattle, diz:
Tenho uma alta consideração por Stevenson. Tenho-o como escrupuloso e honesto. Temos sorte, penso, em ter uma homem da sua capacidade e enorme integridade a investigar esta área controversa.
O Dr. Harold Lief no Journal of Nervous and Mental Didease (Setembro, 1977) diz, entre outras coisas:
Ele estará ou a fazer um erro colossal… ou ficará conhecido como o Galileu do século vinte.
O Dr. Stevenson começou a interessar-se pela recordação de vidas passadas quando, no auge da sua profissão como psiquiatra, chegou à conclusão de que a psiquiatria estava demasiado restricta quanto às soluções tradicionais e que não tratava efectivamente o problema dos pacientes. Comcluiu que muitos casos não conseguiam ser convenientemente explicados nem pela genética, nem pelo meio ambiente, nem pela combinação das duas coisas.
Marta Lorenz
Um dos casos bem convincentes investigados pelo Dr. Stevenson foi o caso da Brasileira, Marta Lorenz, que com a idade de um ano reconheceu um amigo dos seus pais com a frase ‘Olá, Papá’. Com cerca de dois anos ela começou a falar em pormenores da sua vida anterior, como a melhor amiga de sua mãe, a filha do amigo da família que ela tinha reconhecido. Muitos destes pormenores não eram conhecidos da mãe da criança e tiveram de ser confirmados por várias outras pessoas.
Ela lembrava-se de 120 factos separados e não relacionados da sua vida passada como Maria de Oliveira, incluindo detalhes daquilo que Maria tinha dito à sua melhor amiga logo antes de morrer – que ela faria os possíveis de tornar a nascer como a filha da sua melhor amiga e que, tão cedo quanto a sua idade lhe permitisse, contaria pormenores da sua vida passada (Stevenson 1974).
Imad Elawar
No Líbano, Stevenson foi, de surpresa, a uma aldeia Drusa e perguntou aos aldeãos se eles conheciam casos de crianças que falassem de suas vidas passadas. Foi-lhe indicado – outra vez sem qualquer aviso prévio – a casa duma criança de cinco anos, Imad Elawar, que, desde a idade de um ano falava, incessantemente, duma vida anterior numa aldeia a cinquenta quilómetros de distância.
Com a idade de um ano as suas primeiras palavras foram ‘Jamileh’ e ‘Mahmoud’; aos dois anos de idade ele fez parar na rua um estrangeiro e identificou-o como um antigo vizinho.
Stevenson entrevistou a criança e os pais e registou para cima de cinquenta e sete pormenores diferentes referentes à sua vida anterior. Quando Stevenson foi com o rapaz e o pai à aldeia, para investigar as declarações do rapaz, levaram vários dias para localizar a antiga casa do rapaz. Nenhum contacto prévio com os parentes foi estabelecido. Contudo:
• Imad foi capaz de fazer treze correctas exposições e identificações acerca da sua vida anterior, incluindo fotografias dele próprio e do seu irmão;
• Reconheceu fotografias do seu antigo tio Mahmoud e da amante dele, uma prostituta chamada Jamileh;
• Ele foi capaz de indicar onde é que ele guardava a sua arma, segredo que era conhecido apenas por ele e pela sua mãe e de como a sua cama tinha sido disposta durante o sua última doença;
• Ele fez parar um estranho e manteve uma longa conversa com ele sobre as suas experiências conjuntas no serviço militar.
Ao todo, e segundo os cálculos de Stevenson, das cinquenta e sete declarações que ele fez sobre a sua vida anterior, cinquenta e uma foram confirmadas (Stevenson 1978).
Percepção extra-sensorial
Em princípio, qualquer pessoa que sujira que estas crianças estejam a interferir nas memórias de pessoas viventes estaria a admitir a existência da percepção extra-sensorial, também conhecida por telepatia ou transferência de pensamento.
Esta concessão, por si só e de forma significativa, enfranquece a posição dos cépticos visto que, durante décadas, os cépticos têm argumentado e ainda argumentam que a PES (Percepção Extra Sensorial) e a telepatia não existem! Das duas uma, ou a PES existe ou não existe.
Mais ainda, o Dr. Stevenson declara que, se as crianças têm poderes extra-sensoriais, ou as possuem genéricamente ou as não possuem. É simplesmente ilógico que os cépticos pretendam que uma pessoa possa ter PES para umas coisas e não as ter para outras, que as crianças possam ter PES para as suas alegadas vidas passadas e para nada mais.
Stevenson continua a sua explanação dizendo que, no contexto daquilo que é conhecido das PES, no relativo a médiums e pessoas sensíveis, estas crianças teriam que ter ‘super PES’. Isto porque, em alguns casos, as crianças deram uma quantidade significativa de informações, o que contribuiu para alagar os limites de todos os casos de PES presentemente conhecidos.
Em muitos casos as crianças teriam que interferir com as memórias de mais do que uma pessoa visto que as informações não estariam guardadas em apenas uma pessoa. Isto significaria ter que ser capaz de ler as mentes de várias pessoas que teriam, cada uma, parte das informações. Stevenson diz que ‘as informações conhecidas não residem em apenas uma única mente vivente’ (Stevenson 1977).
Nenhuma dose de PES poderá explicar a mudança de comportamento destas crianças. Em muitos casos elas assumem a personalidade de quem elas dizem que foram. Isto é algo que não se consegue obter através da PES. Stevenson explica que é difícil para qualquer crítico, não familiarizado com estes casos, entender a ‘magnitude destes aspectos de comportamento e de personificação’.
Uma outra dificuldade para os críticos que pretendem que seja uma questão de PES, é o facto de que, muitas vezes, estas crianças revelavam a maneira como as coisas eram quando estavam vivas e não como estão agora. O leitor já leu, mais atrás, sobre o famoso caso de Shanti Devi, que dizia que quando estava viva numa vida anterior, tinhe escondido 150 rupias num alçapão dum quarto da casa onde ela vivia. Embora os investigadores tivessem cavado nesse lugar sem nada encontrarem, o antigo marido dela admitiu, envergonhado, que tinha sido ele quem tinha retirado o dinheiro. Se ela estava ‘a interferir com a sua mente’ ela teria sabido esse facto.
Marcas de nascença e deformações nas crianças estão, claramente, para além de qualquer explicação através de PES. Estas crianças, de acordo com o Dr. Stevenson, apontam muitas vezes para um sinal ou sinais e explicam que foi aí que foram baleadas ou mutiladas. Os pais atestam que essas marcas foram de nascença. Outras crianças nascidas com deformidades ou falta de membros ou dedos, dizem que essas deformidades indicam o que lhes causou a morte na vida anterior. Em vários casos o Dr. Stevenson foi capaz de obter registos de hospitais que os confirmam. Deste modo, Stevenson foi capaz de estabelecer uma ligação entre os sinais e os registos do hospital/autópsia nos quais a causa da morte era revelada.
Fraude?
Por princípio, uma pessoa terá que tomar em considerção as qualificações, o profissionalismo, o calibre e a integridade de um dos mais destacados investigadores científicos Americanos. O Dr. Stevenson tem uma larga folha de serviços como psicanalista, psiquiatra e investigador cientíco de elevado profissionalismo. Para além disto, anos a entrevistar milhares de testemunhas, deram-lhe a experiência prática e diversificada na procura da verdade. Ele próprio escreveu livros de texto sobre os interrogatórios e o diagnóstico de entrevistas.
Ele diz que as suas entrevistas e interrogatórios cruzados de tantas crianças e testemunhas revelam que seria uma tarefa hercúlea e gigantesca para fosse quem fosse que tentasse encenar a situação, treinando os pais, parentes, amigos, testemunhas – por vezes o número de pessoas envolvidas ultrapassava as cinquenta e até mais.
Depois, teria que haver a encenação das emoções quando acontecessem as reuniões da criança com os seus entes queridos da vida anterior. A encenação das intensas emoções destas situações está fora da capacidade humana de estruturar ‘no local’. Tendo entrevistado milhares de crianças ‘renascidas’, o Dr. Stevenson acrescenta que ‘as crianças mais novinhas não são fáceis de treinar em papéis encenados que não lhes pareçam naturais’ (Stevenson, 1977).
Stevenson declarou, públicamente, não ter dado dinheiro a nenhuma das pessoas envolvidas e que, como regra, tem aplicado esta política de não fazer pagamentos em troca de depoimentos. De igual modo, nenhuma publicidade foi feita, como incentivo para obtenção de cooperação.
O Dr. Stevenson estava perfeitamente consciente de que as suas investigações cientificas poderiam ser minuciosamente escrutinadas, nos mais pequenos pormenores, por outros cientistas, por outros fora do ãmbito científico e por aqueles incumbidos por outros interesses que não desejariam que ele tivesse sucesso e portantio tentariam tudo para denegrir e minar as suas investigações sobre o pós-vida e a reencarnação.
Criptomnésia?
Isto apenas quer dizer que a criança renascida teria aprendido, nesta vida, aquilo que está contando acerca de uma vida passada. O que se pretende dizer é que a criança renascida, consciente ou inconscientemente, terá lido a informação, ou ouviu algo sobre ela, ou lhe foi dito e esqueceu-se.
O Dr. Stevenson esclarece que algumas informações originais de algumas das crianças renascidas, especialmente daquelas que apenas tinham uns dois anos de idade, não eram conhecidas pelas pessoas que a cercavam. De acordo com a própria observação de Stevenson, a criança, logo após aprender a falar umas poucas palavras começava a falar sobre a sua vida anterior. Isto reduz, grandemente, as outras possibilidades donde a informação poderia vir.
Memória adquirida/Inconsciência colectiva?
Um dos argumentos mais comummente levantado pelos críticos da lembrança expontânea de vidas passadas é que a criança, alegadamente renascida, tem, na realidade, uma ‘memória adquirida’. Isto significa, claramente, que a criança em vez de ter renascido, se está lembrando da vida de algum dos seus antepassados. Pretende-se que, de alguma forma, as memórias desse antepassado, referente a coisas diferentes das que a criança se está lembrando, tenham sido genéticamente transmitidas.
Alternativamente, os críticos dizem que as crianças obtêm informações através da ‘inconsciência colectiva’, um vago conceito originalmente avançado por Carl Jung.
Stevenson refuta estes argumentos de forma convincente explicando que o que existe, até hoje, sobre qualquer informação vinda através da ‘inconsciência colectiva’, é muito geral. Por exemplo, uma pessoa pode recordar-se duma grande inundação, algures, muito longe. Stevenson aponta para o facto de que, embora existam alguns casos de ‘inconsciência colectiva’, faltam-lhes os pormenores detalhados e específicos da criança renascida.
O argumento da ‘memória adquirida’, genético, apresenta inconsistências fundamentais. Se alguém estivesse a recordar-se da vida de um dos seus antepassados, teria que haver uma ligação ou rácica ou geográfica, entre a vida recordada e a vida do antepassado da pessoa. Contudo, muitas pessoas lembram-se de vidas como membros de raças completamente diferentes. Existem muitos casos registados de europeus lembrando-se de vidas como Chineses ou como Negros.
Para a maioria dos casos, certamente entre quase todos os Asiáticos, Stevenson descobriu que as crianças se recordavam de vidas que tinham terminado apenas uns anos antes de terem renascido, mas numa família e aldeia diferentes da dos seus pais e avós.
Por outro lado, Stevenson diz:
Os pais só conseguem transmitir, genéticamente, ao seu filho memórias de eventos que tenham acontecido aos pais antes da concepção do filho. Daqui se conclui, por conseguinte, que a memória da morte dos pais nunca poderá ser adquirida genéticamente.
Como poderão os pais passar, genéticamente, para os filhos eventos que ocorreram aos pais depois da criança ter sido concebida? Genéticamente, os pais só podem transmitir coisas que tenham acontecido a esses pais antes da concepção da criança.
Possessão?
Alguns críticos da reencarnação têm argumentado que quando uma criança declara lembrar-se duma vida passada, o que está acontecendo, na realidade, é um entidade desencarnada, um espírito, tomando o controlo da mente da criança e que a informação estará, na realidade, vindo do espírito e não da criança alegadamente renascida
O Dr. Stevenson nega este argumento, explicando que a possessão de crianças novinhas, especialmente a partir dos dois anos, é extremamente rara, se é que, na verdade, acontece. Na maioria dos casos, a criança faz referência a ‘vidas passadas’, de forma espontânea, completamente consciente e, definitivamente, nunca em estado de transe ou de qualquer forma de estado alterado de consciência.
Qualquer pessoa familiarizada com um médium em estado de transe, reparará uma alteração da consciência do médium na qual a personalidade pessoal do médium muda dramáticamente. Isto não acontece nestes casos.
Um outro argumento, diz Stevenson, é que o controlo da criança pelo espírito não explica os sinais de nascença. Será inverosímil imaginar os espíritos a imprimir sinais nas crianças enquanto ainda no útero da mãe ou a procurar uma pessoa real que tenha morrido de forma trágica com os mesmos sinais da criança de modo a poder transmitir à criança pormenores dessa vida.
E ainda mais. Porque é que a criança mostra estranheza por alguns parentes que ele conhecia numa vida anterior, estarem, agora, muito mais velhos, com rugas ou sem dentes? Se há algum espírito com a criança, porque ‘e que o espírito mostrará ignorância do meio ambiente e não reconhece os parentes da criança? E porque é que o conhecimento que a criança tem dos parentes e dos edifícios em volta do seu anterior meio ambiente cessam exactamente a partir da hora da morte na vida anterior?
O Dr. Stevenson diz que o número dos que se recordam de vidas passadas é tão grande que algumas características específicas podem ser estabelecidas. Estas características transcendem fronteiras racionais e são semelhantes em diversas partes do Mundo. Como atrás ficou dito, a teoria da conspiração universal – segundo a qual todas estas pessoas estariam conjuradas para tramar histórias similares – é demasiado ridícula para que se possa tomar com seriedade.
São as seguintes as características dos casos de lembrança espontânea de vidas passadas investigadas por Stevenson. Encontra-se um resumo muito bom destas no livro de Cranston e Williams Reincarnation – a New Horizon in Science, Religion and Society (1984):
• A idade em que começa – usualmente entre os dois e os quatro anos;
• A idade a partir da qual a memória se desvanece – quase que universalmente entre os cinco e os oito;
• Comportamento mais de acordo com um adulto do que com uma criança;
• Declaração de estranhesasa de um corpo novo;
• Acontecimentos típicamente intensos recordados;
• Acontecimentos de morte violenta ocupando a maioria dos casos;
• Fobia a objectos ou circunstâncias causadoras da morte na vida anterior;
• Mudanças das pessoas e meio ambiente estranhadas pelas crianças;
• Sonhos recordados pela mãe ou alguém próximo da família anunciando que a criança é uma reencarnação;
• Mães relatando apetites anormais e gostos e desgostos por alimentos estranhos durante a gravidez, correspondendo aos gostos e desgostos da pessoa durante a vida anterior;
• A criança possuir habilidades para coisas que não lhe foram ensinadas;
• Sinais de nascença ou deformidades.
27. Resumindo as provas objectivas‘Muito brevemente daremos explicação científica para todos os conhecidos fenómenos psíquicos’
Promessa feita pelos cépticos em 1900 – há apenas 100 anos.
Estamos ainda à espera
Ao nos aproximarmos do ano 2000 DC, os cépticos de espírito fechado:• Não conseguiram refutar científicamente nenhum dos argumentos a favôr da existência do pós-vida;
• Não conseguiram provar a sua assumpção de que não existe vida depois da morte;
• Não conseguiram demonstrar não estar o cepticismo, em si próprio, sujeito a completa invalidação.
Os seus sucessos?
• Foram capazes de retardar – mas não parar – o conhecimento do fenómeno psíquico;
• Por causa dos seus interesses pessoais e avultadas vantagens monetárias, foram capazes de encontrar patrocinadores altamente ricos – ortodoxia e materialismo – para financiar as cruzadas anti-psíquicas nas universidades e nos media;
• Foram capazes de, injusta e selváticamente, censurar a publicação de investigações bem sucedidas sobre o fenómeno psíquico;
• Alguns mentiram, mistificaram, utilizaram propaganda traiçoieira e tácticas maquiavélicas para tentar, de forma injusta, denegrir, difamar, desacreditar e destruir o carácter de alguns dos maiores génios da ciência e da literatura que este Mundo jamais viu e que investigaram e aceitaram o fenómeno psíquico;
• Conseguiram angariar aliados nos meios conservadores, com o fim de garantir financiamentos públicos em trabalhos sem utilidade, projectos inúteis de pesquisa em universidades, estéreis programas materialistas;
• Alguns conseguiram infiltrar-se em sociedades organizadas de pesquisas psíquicas com o fim de, deliberadamente, neutralizar genuínas descobertas psíquicas.
Por outro lado os genuínos pesquisadores psíquicos:
• Obtiveram repetítíveis provas cientícas físicas sobre o fenómeno psíquico e o pós-vida
• Obtiveram secesso, sem precedentes, na disseminação de informação sobre o fenómeno psíquico por todo o Mundo, mesmo sem o recurso aos meios populares de comunicação;
• Estão a utilizar alta tecnologia para demonstrar através do FVE, do CTI e da ELM, a existência do pós-vida e de outros fenómenos psíquicos;
• Têm sido capazes de, contínuamente, refinar a prova objectiva do pós-vida, especialmente na área do FVE, da CTI, dos fenómenos induzidos em laboratório, da aura, do ‘poltergeist’, e das comunicações directas;
• Podem atestar que, vindas do pós-vida, mais revelações pessoais directas estão a ser feitas a milhões de pessoas, pelo Mundo fora, acerca da existência do pós-vida.
As provas apresentadas nos capítulos anteriores, incluindo o FVE, a TCI, a Análise por Computador da Tipologia da Voz, as Experiências Psíquicas Laboratoriais, os Médiums, a Ccrrespondência de Frederick Myers, a Assistência por Conta de Outrem, as Experiências no Limiar da Morte, as Experiências Fora do Corpo, as Aparições, os Quadros de Ouija, o Automatismo Poliglota, o ‘Poltergeist’ e a Reencarnação demonstram, de forma conclusiva, a existência de tremendas provas da existência do pós-vida.
Todos estes fenómenos podem ser explicados pela participação de inteligências do pós-vida ou, como nos casos das EFC e das ELM, pelo facto de que nós temos um corpo etérico invisível dentro do nosso corpo físico e que se torna no nosso corpo real logo que morramos físicamente.
O pós-vida nada tem a ver com religiões ou com quaisquer crenças ou superstições. O pós-vida está, agora, científicamente, estabelecido. Aqueles que se recusarem a investigar ou a refutar o enorme volume de provas objecticas existentes não têm, em termos técnicos, o direito ou autoridade para negar a sua existência ou para fazer quaisquer comentários acerca disso.
Quando os materialistas e os cépticos de espírito fechado se recusam a aceitar as provas objectivas sobre o pós-vida, lembro-me duma cena hipotética numa sala de audiências dum tribunal. Imagine que um polícia acusador, num caso de assassínio, trazia cem testemunhas. Todas essas testemunhas eram altamente credenciados cientistas, médicos, advogados, psiquiatras, psicólogos, físicos e muitos outros. Todas as testemunhas testemunhavam que realmente tinham visto o acusado premir o gatilho e balear a vítima no peito por cinco vezes.
Então, o advogado de defesa levanta-se e argumenta da mesma forma que os cépticos:
• Todas as testemunhas de acusação estavam sofrendo de alucinações;
• Estavam todas hipnotizadas;
• Estavam todas de conluio com o acusador;
• Ou, em alternativa, todas estas testemunhas estavam a projectar a sua própria culpa no acusado;
• Estas testemunhas exteriorizaram o seu próprio excesso de energia, colectivamente, que era o que, na realidade, tinha morto a vítima.
Da minha própria experiência parece-me que os cépticos de espírito fechado estão a aplicar testes diferentes para coisas diferentes de forma deliberada e com a finalidade de confundir as pessoas.
1 – O teste Psíquico ou de Sobrevivência ou o teste da impossibilidadeNos últin\mos 150 anos, a história psíquica tem demostrado que existe um grupo central de pesquisadores que, em circunstância alguma, aceitarão que qualquer fenómeno psíquico possa existir. Estes cépticos de espírito fechado, alguns dos quais são cientistas físicos, aplicam um teste que garanta que o fenómeno psíquico sob investigação não passará. Este teste é: ‘Não acreditarei no pós-vida mesmo que me possa ser provado’. O teste é aplicado pelos materialistas que trabalham para o ‘establishment’ e que investigam o fenómeno psíquico mas não para encontrar a verdade. De investigadores passam a acusadores, a juízes e a jurados, tomando todas as medidas para que os que apresentam provas genuínas do fenómeno psíquico possam ser acusados de fraude e mistificação.
2 – O Teste Lógico Cartesiano
Do Jesuita Católico, René Descartes, que viveu no século dezassete e que hoje é desconhecido por quase toda a gente no Mundo. O teste Cartesiano diz: ‘Duvida de tudo o que pode ser duvidado’. Os tribunais não aplicam este teste, as Igrejas não aplicam este teste e os materialistas não aplicam este teste quando testam medicamentos e alimentos destinados ao consumo público.
3 – O Teste Para Além da Dúvida Razoável
Este é o teste utilizado pelos tribunais para estabalacer a culpabilidade do acusado de crime. Por vezes o testemunho de apenas uma testemunha pode condenar uma pessoa a prisão perpétua
4 – Teste do Equilíbrio de Probabilidade
Este é um outro teste utilizado pelos tribunais para estabelecer a responsabilidade das partes em assuntos não criminais e de natureza cível. É, óbviamente, um teste muito menos rigoroso que o teste criminal ‘para além da dúvida razoável’. Na prática, os materialistas utilizam este teste para testar alimentos e medicamentos. A Igreja usa este teste, às vezes, para as suas próprias crenças, uma vez que a teologia é subjectiva, pessoal e, técnicamente, ninguém pode testar a teologia na base de ‘para além da dúvida razoável’.
5 – Teste Prima Facie
É o teste do ‘em vista disso’. É um teste muito fraco. Provas circunstanciais podem fazer passar este teste. Os tribunais utilizam este teste nas práticas processuais – o tribunal decide se uma prima facie foi estabelecida para que o assunto seja remetido a audiência plena. Provas indirectas, mesmo a prova do ouvir dizer, são admitidas para passar este teste. Este é o teste utilizado por algumas disciplinas tais como a psicologia. Toda a psicologia introspectiva é permitida desde que possa estabelecer prima facie de estar correcta.
Os princípios do comportamento podem, em alguns casos, ser aplicados na base do teste prima facie. Os Governos, por vezes, permitem que o teste prima facie possa ser aplicado a companhias farmacêuticas para aprovar os seus medicamentos destinados ao consumo público. Prova disto é o número de pessoas sinistradas, permanentemente diminuidas, feridas gravemente – até mesmo adquirindo câncro ou mortas por alguns medicamentos. Deveríamos esperar que os governos, sempre que a saúde pública estivesse em jogo, como no caso dos medicamentos, insistissem em aplicar o teste cartesiano
No contexto do acime exposto, não surpreende que uma das razões pelas quais o fenómeno psíquico não foi completamente aceite pela sociedade, é porque, existem os que na ortodoxia material e religiosa, nos que estão ao serviço de interesses particulares, fraudulentamente continuam a aplicar o teste número um – o teste da impossibilidade.
Apesar de tudo, as provas do pós-vida são objectivas, deslumbrante na sua constância e no volume e quantidade de provas técnicas irrefutáveis. Os materialistas e os cépticos de espírito fechado não deram nenhuma explicação alternativa credível para nenhum dos fenómenos acima demonstrados. Na ausência duma explicação alternativa credível, a sociedade não tem nenhuma outra alternativa senão aceitar a prova de que o pós-vida, em si mesma, é inevitável.