Chapters 1-10
1. Introdução: informação essencial
“Leia, não para contradizer e refutar, nem para acreditar e tomar como certo, mas para sopesar e considerar”
Sir Francis BaconExistem hoje irrecusáveis provas cientificas de que existe o pós-vida. Eu considero-me um céptico de espírito aberto, advogado, ex-procurador geral do Estado, formalmente qualificado em numerosas disciplinas universitárias.
O argumento que se segue, não é apenas um argumento abstracto, teórico, académico e legal. Como céptico de espírito aberto, propuz-me investigar as provas existentes da sobrevivência e, com outros, criar condições para testarmos, por nós próprios, as afirmações de que a comunicação com inteligências do além é possível.
Depois de muitos anos de sérias investigações, cheguei à irrefutável conclusão de que existe um enorme corpo de evidência que, tomado como um todo, prova a existência do pós-vida de forma absoluta e completa. Não argumentarei que esta evidência objectiva tenha um valor elevado. Nem estarei sugerindo que esta evidência deva ser aceite para além da dúvida razoável. O que estou a argumentar é que estas evidências, tomadas como um todo, constituem uma tremenda e incontestável prova da existência do pós-vida.
Há milhões de páginas escritas sobre o fenómeno psíquico e sobre a pesquisa científica respeitantes ao pós-vida. Utilizando a minha experiência como advogado, bem assim como o meu treino universitário em psiquiatria, história e metodologia científica, seleccionei, muito cuidadosamente, aspectos da pesquisa psíquica e do conhecimento do pós-vida e argumentei a causa de modo a que, técnicamente, pudesse constituir prova objectiva, fosse no Supremo Tribunal dos Estados Unidos da América, quer na Câmara dos Lordes da Inglaterra, ou no Supremo Tribunal da Austrália ou em qualquer jurisdição legal civilizada, em qualquer parte do Mundo.
Quando as provas objectivas – o Fenómeno da Voz Electrónica, a Transcomunicação Instrumental, as experiências psíquicas laboratoriais, as Experiências Fora do Corpo, as Experiências no Limiar da Morte, o automatismo poliglota, os melhores médiums, a mediunidade de voz directa, a correspondência cruzada, os atendimentos por conta de outrem, o poltergeist, as aparições, e todas as outras provas contidas neste trabalho, forem contempladas, colectivamente, a causa a favôr da sobrevivência é absolutamente deslumbrante e irrefutável.
As provas apresentadas neste trabalho, também provam a existência do chamado “fenómeno psíquico”, que está interligado com o pós-vida e apenas pode ser explicado, satisfatoriamente, pela sobrevivência.
Em termos absolutos, as provas apresentadas nesta obra convencerão os cépticos racionais e inteligentes de espírito aberto e não preconceituosos ou o genuíno pesquisador da existência do pós-vida.
Porque é que mais pessoas não sabem das provas científicas?
Há muitos anos que tem havido hostilidade contra a ciência psíquica nos principais meios de comunicação social, nas universidades e nalgumas igrejas. As descobertas feitas por cientistas sérios que se têm empenhado para provar o pós-vida, têm sido mal noticiadas, distorcidas e ignoradas. Cépticos de espirito fechado, altamente influentes, têm tido acesso priveligiado a orgãos de comunicação social com o fim de ridicularizar, iludir e mentir de modo a fazer com que o público em geral conheça muito pouco do enorme corpo de pesquisa científica que tem sido acumulado.
Muitas pessoas que estão, genuinamente, à procura e estão ansiosos por explorar esta área fascinante, não têm conseguido ter acesso a informação factual independente porque, provàvelmente, nao têm a experiência ou o tempo necessário para ler e analizar a enorme quantidade de livros e artigos esotéricos disponíveis sobre este assunto (ver Bibliografia). Nalgumas sociedades, estes livros simplesmente não estão disponíveis, devido à censura formal ou informal.
O que é prova científica?
Para começar, conhecimento “subjectivo” inclui todas as informações que não podem ser independentemente substanciadas. Isto inclui crenças religiosas individuais – Cristianismo, Islão. Hinduismo, Budismo, Judeismo. O conhecimento subjectivo também inclui o cepticismo de espírito fechado (uso moderno: uma forte crença em que o pós-vida não existe, etc, veja próximo capítulo) porque, no contexto do pós-vida, nenhum céptico (ateu ou agnóstico) foi capaz de, através da ciência, objectivamente provar que o cepticismo de espírito fechado é uma realidade científica ou que nada existe depois da vida
Como a religião, o cepticismo de espírito fechado é uma crença subjectiva e pessoal que é sujeita ao erro fundamental e a completa invalidação. Porque crenças pessoais, religiosas, ou cépticas não têm a substância da ciência, quaisquer crenças subjectivas, religiosas ou cépticas podem ser absolutamente inválidas.
O conhecimento objectivo – ciência – existe quando os mesmos resultados e as mesmas relações de causa-efeito podem ser demonstradas através do tempo e do espaço. A ciência é tida como “objectiva” pelo facto de que, qualquer pessoa que siga as fórmulas científicas, mantendo as variáveis constantes, obterá os mesmos resultados. Assim, um cientista que mistura ácidos e alcalinos em Sydney, Austrália, obterá os mesmos resultados que um outro cientista trabalhando em Moscovo no ano 2000, ou em qualquer outro ano.
Os estudos do Fenómeno de Voz Electrónica (FVE) e da Transcomunicação Instrumental (TCI) mostraram claramente este elemento de repetitividade. Investigadores trabalhando, independentemente, em muitos e diferentes países têm sido capazes de duplicar o trabalho uns dos outros. Inevitávelmente, o objectivo prevalece sobre o subjectivo.
Mas, nem toda a ciência é conduzida em laboratórios científicos.
Dentro da definição de ciência, há também a “científica e sistemática observação de um fenómeno”. Por exemplo, apesar de acreditarmos que a trovoada, o relâmpago e as tempestades ocorrem, não conseguimos duplicá-los sob condições laboratoriais.
O estudo de casos também é importante no método científico. Desde que exista aderência estricta ao método científico, ao medir seja o que fôr, os resultados da experiência tornam-se, necessáriamente, científicamente baseados.
Uma palavra de avisoO que eu descobri, em várias reuniões que conduzo, na Austrália, sobre o pós-vida, é que algumas pessoas aceitam a maioria das informações apresentadas mas, algumas põem a ênfase neste ou noutro aspecto, ou então não concordam com a reencarnação ou a astrologia, ou com a meditação ou as orações ou os cristais ou mesmo com o ateismo ou agnosticismo.
Apenas como nota, não é minha intenção tentar mudar o ateismo, a religião ou as crenças de seja quem fôr. Não pretendo fazer uma cruzada religiosa. Igualmente não é uma questão de fé ou de crença. É, sim, uma questão de aceitação ou não aceitação das provas objectivas.
Ao leitor vai ser dado acesso a informações objectivas, de muita importância, sobre o pós-vida, sem dúvida das mais importantes informações de que jamais terá tido a oportunidade de obter, durante toda a sua vida. Mas, em última análise, depois de lhe ser dada toda a informação, será você, caro leitor, quem vai decidir o que vai aceitar ou o que vai rejeitar. Mas, se rejeitar a evidência apresentada neste trabalho, passará a competir-lhe a si a responsabilidade de provar o motivo porque rejeitou a prova fornecida.
No passado, o clero recusou-se a aceitar a ciência porque esta entrava, muitas vezes, em conflito com as crenças particulares do clero. Quando Galileu mostrou ao Papa o telescópio e lhe disse que havia de provar a sua teoria sobre o universo, o Papa chamou ao telescópio “trabalho de Satanás” e recusou-se a experimentá-lo. Mas o clero tinha que, eventualmente, aceitar que a ciência prevalece sobre as crenças religiosas, subjectivas e pessoais. Nunca poderá ser de outra forma.
A cilada da zona de conforto
Você, caro leitor, deverá tomar extrema cautela para não cair na cilada da zona de conforto, rejeitando informações objectivas, apenas porque a informação cientifica e objectiva, entra em conflito com as suas crenças subjectivas e pessoais – sejam elas de carácter religioso ou de cepticismo. Como mencionado acima, sempre que exista inconsistência entre a informação objectiva e as crenças subjectivas, há necessidade de, ou proceder a mais investigação ou mudar as crenças subjectivas.
É ponto aceite que, quando as pessoas se sentem confortáveis com um conjunto de crenças, resistem em mudar essas crenças, mesmo que informações novas, objectivas e cientificas lhes demonstrem que, parte ou o todo das suas crenças, são completamente inválidas. Muitas crenças tornam-se parte da estrutura psicológica e emocional da personalidade do crente. Estas crenças são extremamente difíceis de serem alteradas.
Concerteza que a história e a experiência demonstram que há pessoas mais refinadas e iluminadas que podem assimilar, imediatamente, informações objectivas.
2. Os cépticos de espírito fechado“Não deveríamos enveredar por completo cepticismo, mas por graus de probalidade”
Professor Bertrand RusselNos meus encontros com pessoas conheci grupos diversos – desde aqueles que aceitam, de pronto, o pós-vida como uma crença, até aqueles que constituem o grupo dos cépticos. Lido com descrentes há mais de vinte e cinco anos. Na maior parte desse periodo, eu próprio fui um céptico de espírito aberto.
Um céptico de espírito aberto é aquele que, por norma, não aceita a superstição ou as crenças para explicar os fenómenos físicos ou psíquicos. Aceitará, todavia, resultados científicamente baseados ou de outro modo objectivos. Como se explica no próximo capítulo, a maior parte dos investigadores do foro psíquico, começaram as suas investigações como cépticos de espírito aberto.
Fiquei públicamente conhecido como tendo articulado o meu ponto de vista de céptico da vida, no sentido de que eu não estava preparado para aceitar as coisas na base da “fé”. Duvidei, questionei, li, pesquisei e investiguei.
Até certo ponto, ainda me considero um céptico de espiríto aberto – mas não na questão específica e particular do pós-vida porque investiguei isso extensivamente.
Como muitos cientistas, alguns dos quais são tidos como ‘gigantes da ciência’, que se preocuparam em sistemáticamente investigar o pós-vida, eu também cheguei à inegável conclusão de que nós sobrevivemos à morte física.
Contudo, históricamente existem também os que são denominados cépticos de espírito fechado. Utiliza-se o termo moderno ‘cépticos de espiríto fechado’ para designar alguém que não acredita e nunca acreditará no pós-vida ou na existência do fenómeno psíquico, mesmo que lhe sejam apresentadas provas científicas.
Estas pessoas já formaram a sua opinião sobre tudo. E sejam eles investigadores ou professores, ou o clero, como no tempo de Galileo, eles recusam-se a aceitar mesmo as informações científicas desde que contradigam as suas crenças pessoais. Eles alargaram a definição de “cépticos”, da noção de “quem duvida”, para a noção de “quem nunca aceitará seja o que fôr”.
O termo “cépticos de espiríto fechado” como usado nos capítulos seguintes, refere-se a este grupo de cépticos.
Os cépticos de espírito fechado que declamaram ter investigado o fenómeno psíquico, recusaram a maioria das experimentações e observações, mesmo quando os resultados foram objectivamente obtidos. A sua lógica era que, se os resultados eram positivos, então o experimentador não devia ter qualificação adequada ou estaria agindo fraudulentamente, porque o pós-vida e o fenómeno psíquico não existem e não podem existir. Eles assumem o papel do acusador e não do investigador. Alguns destes insensatos cépticos de espírito fechado, fizeram ataques cobardes às actividades e reputação de grandes homens e mulheres envolvidos nas ciências psíquicas, e foram responsáveis por impedir o conhecimento do pós-vida por várias décadas. Muitos estão ainda hoje em funções, aceitando chorudos salários e subsídios de materialistas com o fim de ‘apresentarem a desmontagem das falsidades’ de tudo o que se relacione com o pós-vida e o fenómeno psíquico.
Um clássico comentário que demonstra a inflexibilidade e a determinação dos cépticos de espiríto fechado para bloquear quaisquer novas informações incompatíveis com as suas crenças, foi feito num dos meus encontros com os Humanistas de Sydney, na Australia. Um dos obstinados cépticos de espírito fechado, explodiu em alarido quando eu apresentava a prova evidente da existência do pós-vida:
Eu nunca acreditaria no pós-vida, mesmo que mo provasses, Victor!
Por causa de falhas a nível do consciente ou do inconsciente, os cépticos de espírito fechado só conseguem dominar algumas peças do puzzle. Eles NÃO conseguem ver o quadro geral. Mesmo assim, algum deles têm sido bastante clamorosos acerca da insustentabilidade da sua alegação do pós-vida não existir.
Históricamente, os cépticos de espírito fechado opuseram-se a todas as invenções e descobertas, e acabaram por cair no ridículo:
• Sir William Preece, antigo chefe-engenheiro dos Correios da Inglaterra, será lembrado por ter feito um dos mais idióticos comentários da história, acerca das invenções de Edison. Sir William disse que a lâmpada de Edison (circuitos paralelos) era uma ideia completamente idiota!
• Professores, incluindo o Professor Henry Morton, que conhecia Edison, afirmou, imediatamente antes de Edison ter demonstrado a lâmpada de luz eléctrica: “Em nome da ciência… a experiência de Edison é… uma fraude cometida contra o público”.
• O Scientific America, o New York Times, o New York Herald, o Exercito Americano, os académicos – incluindo o Professor de Matemáticas e Astronomia Simon Newcomb da Universidade John Hopkins – e muitos outros cientistas Americanos, todos colheram comiseração, ridículo e mácula em relacção ao trabalho dos irmãos Wright reclamando que :’cientificamente, era impossível fazer com que máquinas voassem’
• Um dos cientistas líderes da Academia Francesa das Ciências declarou que a hipnose era uma fraude e afirmou, depois de ver um hipnotizado com uma agulha de 10 centimetros espetada na parte superior do seu braço: “Este sujeito foi pago para não mostrar que sente dores.”
• Um outro cientista da Academia Francesa das Ciências, depois de escutar uma gravação feita por Edison, afirmou: ”claramente que se trata de um caso de ventroloquismo”
• John Logie Baird, o inventor da televisão foi atacado por cépticos de espírito fechado que afirmavam que era “uma absoluta utopia que as ondas de televisão pudessem produzir imagem”
Existem centenas de outros exemplos que comprovam como os cépticos de espírito fechado se recusaram a acreditar, seja o que fosse, que não fosse compatível com os suas benquistas crenças e os seus cinco sentidos.
Mas, convirá ter em mente que o cepticismo de espírito fechado NÃO é científico. O cepticismo de espírito fechado NÃO utiliza a ciência para demonstrar que está correcto. Pelo contrário, o cepticismo de espirito fechado, tal como a religião, como atraz referido, é uma crença subjectiva e, como uma crença, está sugeita ao erro fundamental e a completa falta de validação.
Conquanto tenham havido muitos eminentes cientistas que, depois de investigarem o fenómeno psíquico, aceitaram a existência da vida após a vida, NUNCA houve e nunca haverá nenhum cientista na História - físicos, biólogos, geólogos, astrónomos ou seja quem for - que tenha podido provar que a vida após a vida não exista.
O investigador racional e informado rejeitará a teoria da conspiração mundial – segundo a qual todos esses altamente acreditados cientistas que, em diferentes países, trabalharam com o fim de demonstrar que o pós-vida existe, se puseram de conluio, ao longo dos últimos cerca de cem anos, para defraudar o resto do mundo.
O pós-vida é inevitável e as consequências dessa realidade são enormes.
3. Respeitáveis Cientistas que Investigaram“Estou completamente convencido de que aqueles que uma vez viveram na Terra podem e se comunicam efectivamente conosco. É bastante difícil dar a inexperientes uma ideia adequada do poder e da força da experiência acumulada.”
Sir William Barrett, F.R.S.
“Eu vos afirmo que nós persistimos. A comunicação é possível. Já provei que as pessoas com que nos comunicamos são quem e o que eles dizem que são. A conclusão é que a sobrevivência está científicamente provada pela investigação científica”
Sir Oliver Lodge, F.R.S.“É bem verdade que foi estabelecida uma conecção entre este mundo e o próximo”
Sir William Crookes, F.R.S.“Tenho estado a conversar com os meus (falecidos) pai, irmão, tios… Seja qual fôr o poder sobrenatural que nos possamos comprazer em atribuir às segundas personalidades da Sra. Piper (médium), seria difícil fazer-me crer que essas segundas personalidades poderiam ter reconstituido, de forma tão completa, a personalidade mental dos meus parentes falecidos…”
Prof. Hyslop, Professor de Logica na Universidade de ColombiaOs brilhantes cientistas mencionados acima figuram entre os primeiros a investigar, científicamente, o pós-vida. Inicialmente eram todos cépticos de espírito aberto e foi, sómente depois de aturada investigação, que aceitaram a existência do pós-vida. Existem outros cientistas e pensadores clássicos conhecidos mundialmente, tais como Alfred Wallace, Sir Arthur Conan Doyle, Camille Flammarion, Dr Baraduc, Professor Richet, Professor Albert Einstein, Marconi, Professor F.W. Myers, Professor William James, Dr Carrington que, depois de investigações, aceitaram o pós-vida.
A partir dos finais do século dezanove até aos dias de hoje, tem havido grupos de proeminentes e respeitados cientistas – muitos dos quais, entre os mais bem conhecidos nomes da ciência – que se têm empenhado em provar que a imortalidade é um fenómeno físico natural e que o seu estudo é um ramo da física.
Muitos destes cientistas eram pessoas altamente práticas, cujas descobertas principais noutras áreas mudaram, profundamente, o modo como as pessoas vivem e trabalham. Muitos deles se consideravam Racionalistas e Humanistas e tiveram de enfrentar intensa oposição, quer do clérigo e cientistas Cristãos, quer dos materialistas que se uniram com a finalidade de tentar abafar as suas descobertas.
Um dos pioneiros desta tradição foi Emmanuel Swedenborg, nascido na Suécia, em 1688. Um dos principais cientistas dos seus dias, escreveu 150 trabalhos em dezassete disciplinas científicas. Na universidade de Uppsala ele estudou Grego, Latim, várias outras línguas Europeias e Orientais, geologia, metalurgia, astronomia, matemática, economia. Era um homem imensamente prático e inventou o glider, o submarino e a trompa de ouvido destinado a surdos. Era tido em grande estima por todos, era membro do Parlamento e exerceu cargos governamentais importantes na área das minas. Sempre demonstrou um alto nível de inteligência e espírito prático até à sua morte.
Swedenborg era também um vidente finamente prendado que passou mais de vinte anos investigando outras dimensões. Ele garantia que falava, regularmente, com pessoas depois delas terem falecido. Numa ocasião bem documentada, a raínha da Suécia, sarcásticamente, sugeriu-lhe que, quando ele tivesse a oportunidade de falar com o irmão dela, lhe desse os seus cumprimentos. Uma semana mais tarde Swedenborg segredou uma mensagem aos ouvidos da raínha. Trémula, a raínha disse para os que a rodeavam: “Somente Deus e o meu irmão poderiam saber o que ele me acaba de dizer” (Inglis 1977:131).
Swedenborg escreveu:
“Após o espírito se ter separado do corpo (o que acontece quando se morre), ele ainda está vivo, é ainda uma pessoa, da mesma maneira que era dantes.
Para me assegurar disto, foi-me permitido falar com, práticamente, todas as pessoas que conheci durante as suas vidas físicas – com algumas por horas, com outras por semanas ou meses e com outras ainda, por anos – tudo, com o intento primordial de me ser assegurada a veracidade deste facto (de que a vida continua depois da morte) e para que eu disso pudesse dar testemunho” (Swedenborg Heaven and Hell : 437).
Swedenborg escreveu vários trabalhos acerca daquilo a que, hoje, seria chamada de Experiências Fora do Corpo, incluindo descrições bem detalhadas do pós-vida. Curiosamente, ele avançou uma visão do universo que é, notávelmente, semelhante ao da Física Quântica do século vinte. Numa altura em que Newton argumentava que a matéria era composta por átomos impenetráveis que eram movidos por forças externas, Swedenborg ensinou que a matéria era constituida por uma série de partículas dispostas em ordem ascendente de tamanho, cada uma das quais era composta por por um apertado córvex de energia que girava a velocidades infinitas, transmitindo, assim, a aparência de solidez.
Na seu livro de 490 páginas sobre o paranormal, Brian Inglis (1977) fez uma referência a Emmanuel Kant, o grande racionalista e filósofo que investigou Swedenborg. Embora Kant tenha sido um céptico de espírito aberto ele sentiu que a prova do pós-vida oferecida por Swedenborg era, em termos globais, impressionante. Ele refere-se a Kant como tendo dito:
embora individualmente duvide deles, tenho, não obstante, certa fé ao considerrar o todo (Inglis 1977:132)
Sir William Crookes foi um dos fundadores da Society for Psychical Research (SPR), na Inglaterra, e foi também Membro da Sociedade Real – uma muito prestigiada associação de que faziam parte os mais conhecidos cientistas, eleitos pelos seus pares – de que, depois, foi presidente. Ele descobriu seis elementos físicos incluindo o Thallium; muitos o consideravam com o maior cientista do seu tempo.
Crookes trabalhou, extensivamente, na investigação do fenómeno da levitação em associação com o médium D. D. Home. Fotografias concludentes fazem parte deste registo e a autenticidade das aparições, bem como a total ausência de fraude e truques, foram testemunhadas por um número de outros proeminentes cientistas da altura. Um destes cientistas era Cromwell F. Varley, um investigador precursor da ionisação e supervisor do lançamento inicial do Cabo Atlântico. Crookes ficou, finalmente, convencido da realidade do pós-vida, após uma série de notáveis materializações completas da sua esposa.
Também no seu grupo estavam os cientistas Lord Balfour, Sir William Barret, Sir Oliver Lodge e Lord Raleigh, J.J. Thompson (que descobriu o electron) e Alfred Russel Wallace (que propôs a teoria da evolução ao mesmo tempo mas, independentemente, que Charles Darwin).
Thomas Alva Edison, o inventor Americano do fonógrafo e da primeira lâmpada eléctrica foi um espiritualista e tentou contactar com os ‘mortos’ utilizando meios mecânicos (Scientific American, 30/10/1920).
John Logie Baird, o pioneiro da televisão e inventor da câmara de infra vermelhos, declarou ter contactado com o ‘falecido’ Thomas A. Edison atravez de um médium. Ele disse:
Testemunhei alguns fenómenos surpreendentes, sob circunstâncias que põem truques fora de questão.
Um outro investigador do século vinte foi o Dr Glen Hamilton, médico e membro do Parlamento do Canadá. No seu laboratório, sob condições estrictamente controladas, ele tinha uma bateria de quatorze máquinas fotográficas munidas de flash e controladas electrónicamente, que fotografavam aparições, simultâneamente, de todos os ângulos. Observadores presentes nestas experimentações incluiam quatro outros médicos, dois advogados, um engenheiro electrotécnico e um engenheiro civil. Cada uma das testemunhas declarou categórica e inequívocamente que ‘observei, repetidas vezes, a materialização de pessoas que tinham falecido’ (Hamilton 1942).
Na Europa, desde os inícios dos anos 1900 e até aos anos 1920, outros cientistas, incluindo o barão von Schrenck-Notzing, o Professor Charles Richet, o Professor Eugene Osty e o Professor Gustav Geley estavam, igualmente, fotografando aparições sob condições controladas, em laboratórios. Os seus relatórios escritos provam que investigaram, tendo excluido todas as possibilidades de truques e fraude.
O maior psiquiatra de todos, Sigmund Freud, nos seus derradeiros momentos antes de morrer, disse que se ele tivesse de viver de novo, estudaria para-psicologia. O internacionalmente conhecido e influente psiquiatra, Dr. Carl Jung, admitiu que o fenómeno da metafísica seria melhor explicada pela hipótese do espírito do que por qualquer outra (Jung, Collected Letters 1:431).
Outro brilhante cientista e inventor que, depois de investigar, se convenceu, completamente, da existência do pós-vida, foi George Meek. Aos 60 anos de idade George Meek aposentou-se como inventor, designer e fabricante de acessórios para ar condicionado e tratamento de águas de esgotos. Tinha, então, registado suficientes patentes que lhe permitiriam viver, confortàvelmente, e devotar os vinte anos seguintes da sua vida a investigar a vida depois da morte a tempo inteiro e com fundos próprios.
Meek empreendeu um extensivo programa de pesquisa de bibliotecas e literatura e viajou pelo mundo para localizar e estabelecer projectos de pesquisa com os melhores médicos, psiquiatras, físicos, bio-químicos, psíquicos, curandeiros, para-psicólogos, hipno-terapeutas, ministros, padres e rabis. Ele fundou a Metascience Foundation em Franklin, Carolina do Norte, que patrocinou a pesquisa Spiricom que conseguiu, com sucesso, estabelecer extensivo contacto instrumental, nos dois sentidos, entre pessoas vivas e pessoas vivendo no pós-vida (veja Capítulo 5 sobre Transcomunicação Instrumental).
No seu mais recente livro, After We Die What Then (1987), ele delineia as conclusões dos seus anos de pesquisa a tempo inteiro – que nós todos sobrevivemos e que, nos últimos vinte e cinco anos, a humanidade aprendeu mais sobre o que acontece quando morremos, do que aprendeu em todos os periodos anteriores dos anais da História (Meek 1987:4).
Alguns dos líderes da pesquisa científica da vida depois da morte são médicos extremamente inteligentes e astutos que começaram as suas investigações como cépticos: a Dra. Elisabeth Kubler-Ross, que chocou o Mundo com a descrição da maneira como as pessoas moribundas são tratadas, convenceu-se, totalmente, do pós-vida na sequência da sua íntima associação com milhares de doentes moribundos, Como ela o põe:
Até então eu não acreditava no pós-vida, mas os dados convenceram-me de que não eram nem coincidência, nem alucinações (Kubler-Ross 1997:188).
Ela convenceu-se de tal forma que escreveu quatro livros, especificamente, tratando do pós-vida: Kubler-Ross 1991, 1992, 1995, 1997.
O Dr.Melvin Morse, um pediatra de reconhecida autoridade e sumidade mundial em crianças moribundas, era, como ele se define, ‘um arrogante médico de cuidados críticos’ com ‘uma propensão impressionante contra tudo o que fosse espiritual’, antes dos seus estudos de base científica sobre crianças moribundas e o seu extensivo estudo da literatura o conduzirem à ‘inegável conclusão’ de que há qualquer “coisa” divina que serve como que de grude do universo’. Ele escreve:
Quando revejo a literatura médica, penso que ela aponta, directamente, para a evidência de que alguns aspectos da consciência humana sobrevivem à morte. Outros pesquisadores concordam comigo. O físico Michael Schroter-Kunhart, por exemplo, conduziu uma exaustiva pesquisa da literatura científica e concluiu que as capacidades para-normais da pessoa moribunda sugerem a existência de um tempo-espaço que transcende a alma imortal. Outros investigadores chegaram à mesma conclusão. Seja através de estudo de casos, conduzida pelos próprios, seja através de pesquisas que examinaram, existe na comunidade científica uma crescente crença no espírito humano (Morse 1994:190).
Grupos de cientistas, matemáticos e professores universitários, pelo mundo fora, estão a trabalhar no sentido de trazer ao conhecimento público os resultados de experiências sobre partículas sub-atómicas e cálculos matemáticos que fornecem explicação científica para o assim chamado fenómeno psíquico.
A Física moderna ensina actualmente que os átomos são 99.99999% espaço vazio – sendo a distância entre um electrão e o seu núcleo, proporcionalmente, tão grande como a distância da Terra ao Sol. Pensa-se até que os Electrões, os Protões e os Neutrões, as partículas que constituem os átomos, sejam antes energia do que matéria.
O astrofísico Michael Scott da Universidade de Edinburgo argumenta:
o avanço da Física Quântica produziu uma descrição da realidade que permite a existência de universos paralelos. Composto de substâncias reais, eles não interagiriam com a matéria do nosso próprio universo.
O professor Fred Alan Wolf concorda com estas descobertas. Ele escreveu The Spiritual Universe: How Quantum Physics Proves the Existence of the Soul e diz:
por fantástico que possa soar, a nova física, chamada mecânica quântica, postula que existem, lado a lado, um outro mundo, um universo paralelo, uma cópia duplicada que, apesar de ligeiramente diferente, é o mesmo. Mas não apenas dois mundos paralelos mas, dois, três, quatro ou mesmo mais…! Em cada um destes universos, você, eu e todos os outros vivemos, já vivemos, viveremos e teremos sempre vivido, estamos vivos! (Wolf 1996)
A evidência dada por muitos cientistas de que o pós-vida existe é esmagadora. Mas, como atrás foi dito, não existe um único cientista que tenha provado que o pós-vida não exista.
4. O Fenómeno da Voz Electrónica (FVE)
‘Eu não disse que era possível. Só disse que tinha acontecido!’
Sir William CrookesPara minha surpresa, muito poucas pessoas têm conhecimento do salto dramático que ocorreu na comunicação com o pós-vida, utilizando alta tecnologia. Embora existam livros altamente recomendáveis e de origem insuspeitada, sobre o Fenómeno da Voz Electrónica, ou FVE como é conhecido, os órgãos de comunicação social nunca se referem a eles. Apesar disso, estas descobertas importantes revelam a comunicação objectiva entre os que vivem, físicamente, aqui neste mundo, e os que morreram e estão vivendo, agora, numa dimensão diferente.
Por mais de 50 anos experimentadores de todo o mundo têm gravado ‘vozes para-normais’ – vozes que não podem ser ouvidas enquanto um gravador de fitas está a gravar, mas, que podem ser ouvidas quando o gravador está a reproduzir a gravação. Muitas das muito curtas mensagens dizem-se ser de entes queridos que partiram deste mundo. Essas vozes são impressionáveis, usam o nome do experimentador e respondem a perguntas.
Existem milhares de investigadores, pelo mundo fora, que têm pesquisado este fenómeno psíquico tão fascinante. É particularmente relevante para a minha argumentação, uma vez que obedece a procedimentos científicos rigorosos e as experiências têm sido duplicadas, em condições laboratoriais, por todas a espécie de investigadores, em muitos países diferentes.
Investigadores persistentes apanham um forte choque quando se decidem a investigar o fenómeno da voz electrónica porque, utilizando os métodos apropriados de gravação, eles estão sugeitos a ouvir vozes de pessoas queridas ou amigos que já morreram.
Colin Smythe e Peter Bander
Foi isso exactamente o que aconteceu ao Dr. Peter Bander, leitor de Religião e Moral num dos Colégios do Cambridge Institute of Education. Peter Bander, licenciado em psicologia e teólogo Cristão, com uma hostilidade visceral contra o fenómeno psíquico, disse, expressamente, antes da sua investigação sobre o fenómeno da voz electrónica, que era impossível que os ‘mortos’ se pudessem comunicar conosco. Ele disse que era ‘não só despropositado mas, afrontoso’ pensar sequer nisso (Bander 1973:3).
Quando o editor Colin Smythe pediu a Peter Bander para ele se envolver no fenómeno da voz electrónica, em 1972, a resposta de Peter foi um inequívoco não. Assim, o próprio Colin Smythe experimentou num gravador de fitas, seguindo os procedimentos enunciados no livro de Constantine Raudive, Breakthrough (1971). Pediu a Bander que pusesse o gravador de fitas na posição de gravar por alguns minutos. Depois, rebobinou a fita e deixou-a tocar. Depois de dez minutos, ele estava quase a desistir quando, súbitamente, Bander disse:
notei um ritmo peculiar mencionado por Raudive e os seus colegas… Ouvi uma voz…Acredito que tenha sido a voz de minha mãe que morreu há três anos (Bander 1973:4).
Mais tarde, Colin Smythe publicou Voices from the Tapes, no qual há quatro páginas de fotos mostrando os diferentes participantes nas experiências posteriores de Bander, conduzidas sob condições do mais rigoroso controlo. Numa das ocasiões, quando as experiências eram conduzidas, em estúdios à prova de som, para eliminar quaisquer variáveis externas causadoras de interferêcias e filtrar interferências de rádio:
no espaço de 27 minutos, cerca de 200 vozes foram recebidas, tornando em convertidos os dois cépticos engenheiros da Pye que supervisavam as experimentações (Connelly 1995:44).
Comentários de observadores mencionados no livro de Bander incluem os de Ken Attwood, Engenheiro-Chefe da Pye que disse:
fiz tudo que estava em meu poder para desvendar o mistério das vozes mas. sem sucesso, o mesmo acontecendo aos restantes especialistas (Bander 1973:132)
O Dr. Brendan McGann, director do Institute of Psychology, Dublin, disse:
Aparentemente, consegui a reprodução do fenómeno. As vozes que apareceram na fita não tiveram nenhuma origem conhecida (Bander 1973:132).
A.P.Hale, físico e engenheiro electrónico, disse:
Em vista dos testes levados a cabo num laboratório protegido da minha firma, não posso explicar o que aconteceu em termos físicos normais (Bander 1973:132).
Sir Robert Mayer, LL.D., D.Sc. Mus.D., concluiu:
Se os especialistas estão confundidos, então considero ser esta razão suficiente para apresentar o Fenómeno da Voz ao público em geral (Bander 1973:132)
Ted Bonner da Decca e RTE, disseram:
Isto não é truque. Isto não é ilusionismo; isto é algo com que nunca sonhamos antes (Bander 1973:106)
Os testes de laboratório feitos pela Pye conduzidos por Colin Smythe e Peter Bander, antes da publicação do Breakthrough, foram montados e financiados pelo Editor Chefe do jornal Inglês Sunday Mirror.
Ronald Maxwell, um repórter do Sunday Mirror, supervisionou os testes e preparou um artigo de fundo de três páginas, com fotografias que prestavam bastante apoio ao artigo. Estava maravilhado com o facto de que, os especialistas escolhidos pelo jornal, tinham confirmado que as vozes eram genuínas e não havia truques ou fraude.
Contudo, no último minuto, este extremamente importante artigo foi suspenso, sem explicações, pelo editor chefe, que se recusou a publicar a história no jornal. Como Peter Bander disse:
A experiência, organizada e financiada pelo Sunday Mirror, foi bem sucedida, o que não agradou ao homem do topo da hierarquia (Bander 1973:68)
Maxwell e Chris Kersh, editores de artigos de fundo, tentaram, de novo, uma semana depois. Desta vez tinham recolhido informações e declarações de cientistas de vanguarda, incluindo Mr. Peter Hale. De novo, o editor chefe se recusou a publicá-lo.
Pioneiros do FVE
As experiências de Peter Bander foram inspiradas nas pesquisas do Dr. Constantine Raudive. O Dr. Raudive trabalhou na Alemanha para replicar os resultados da experiência feita por Friedrich Jurgenson que, por acaso, em 1959, redescobriu o Fenómeno da Voz. A livro clássico de Raudive, sob o título em Inglês Breakthrough (1971), era baseado na gravação de 72.000 vozes. Os trabalhos do Fenómeno da Voz começaram, na realidade, em 1920, com Thomas Edison que acreditava que deveria haver uma frequência de rádio, entre as ondas longa e curta, que poderiam tornar possível alguma forma de contacto telepático com o outro mundo (Stemman 1975:98).
É pertinente notar aqui, que os pioneiros da rádio e da televisão, Marconi, Edison, Sir Oliver Lodge, Sir William Crookes, John Logie Baird, eram todos crentes da realidade da comunicação com espíritos e chegaram de utilizar as suas especialidades profissionais para demonstrar isso.
As primeiras vozes foram captadas em discos de um fonógrafo, em 1938, e em gravadores de fita magnética nos princípios de 1950. Desde que o livro de Bander foi publicado, em 1973, o trabalho foi retomado por centenas de pesquisadores em vários países.
Jeff Vilencia (1988) dá uma lista, gentilmente cedida pela MetaScience Foundation, de nomes de alguns dos primeiros pesquisadores. Inclui: Padre Leo Schmid da Suíssa, Joseph e Michael Lamoraux do estado de Washingto e William Addams Welch cujo livro Talks with the Dead foi publicado em 1975; Paul e Edith Affolter; David Lothamer; A.J. Loriaux; Harry e Gerry Loudenslager; Ray Patterson; Andrija Puharich; Theodor Rudolph; Mary Sharpe; Cyril Tucker; Paul Bannister; Raymond Cass; H.V. Bearman; Carlo Corbetta; Virginia Ursi; Bill Wisensale; David Ellils; Richard Fred e Joseph Veilleux; Davis Peck; Gilbert Bonner; Richard Sheargold; Alex Schneider; Robert Crookall; Hans Heckman e Burhard Heim (Vilencia 1988:72).
O Vaticano e o FVE
Desconhecido de muitos Cristãos – Católicos, Protestantes e Ortodoxos – a Igreja Católica tem estado activa e positivamente encorajando as investigações do Fenómeno de Voz Electrónica.
• Dois dos primeiros investigadores eram Padres Católicos – o Padre Ernetti e o Padre Gamelli, que descobriram o fenómeno, por acaso, quando gravavam Cantos Gregorianos, em 1952.
• O Padre Gamelli ouviu a voz do seu próprio pai na fita de gravação, chamando-o pelo sua alcunha de infância, dizendo: ‘Zucchini… é claro… não percebes que sou eu?’
• Profundamente confusos por causa dos ensinamentos Católicos em relação aos contactos com os mortos, os dois Padres visitaram o Papa Pio XII, em Roma.
• Papa assegurou-lhes:
Caro Padre Gamelli, não precisa de se preocupar com isto. A existência desta voz é, rigorosamente, um facto científico e nada tem a ver com o espiritismo. O gravador de fitas é totalmente objectivo. Ele recebe e grava somente ondas de sons provenientes de seja onde fôr. Esta experiência poderá marcar numa viragem na realização de estudos científicos que fortalecerão a fé na vida futura (Jornal Italiano Astra, Junho 1990 mencionado por Kubris e Macy, 1995:102).
• Primo do Papa Pio, o reverendo professor Dr. Gebhard Frei, co-fundador do Jung Institute, era um para-psicólogo de nomeada internacional que trabalhou próximo de Raudive, um pioneiro na pesquisa. Ele era também presidente do International Society for Catholic Parapsycologists. Consta que o Dr. Frei teria dito:
Tudo o que tenho lido e ouvido força-me a acreditar que nos chegam vozes de entidades transcendentais e individuais. Quer isso me convenha ou não, não tenho o direito de duvidar da realidade dessas vozes. (Kubris e Macy, 1995:104).
• Dr. Frei morreu a 27 de Outubro de 1967. Em Novembro de 1967, em numerosas sessões de gravação, uma voz dando o nome de Gebhard Frei apareceu. A voz foi positivamente identificada pelo Professor Peter Honenwarter, da Universidade de Viena, como sendo a do Dr. Frei (Ostrander and Schroeder, 1977:271)
• O Papa Paulo VI estava bem informado do trabalho que estava a ser levado a cabo, desde 1959, sobre o fenómeno da voz, através do seu bom amigo, o produtor de cinema Sueco Friedrich Jurgenson, que fez um documentário filmado sobre o Papa. O Papa armou Jurgenson Cavaleiro Comandante da Ordem de São Gregório, em 1969, pelo seu trabalho. Jurgenson escreveu a Bander, um pesquisador da voz Britânico, dizendo:
Encontrei um ouvido simpatizante para com o Fenómeno da Voz no Vaticano. Ganhei vários amigos estupendos entre as figuras gradas da Cidade Santa. Hoje, a ‘ponte’ fortalece-se nas suas fundações (Ostrander e Schroeder, 1977:264).
• O Vaticano deu também permissão, aos seus próprios Padres, para conduzirem as suas próprias pesquisas sobre as vozes – o Padre Leo Schmid, um teólogo Suiço, recolheu mais de 10.000 que foram publicadas no seu livro When the Dead Speak, em 1976, pouco antes da sua morte.
• Um outro investigador, autorizado pelo Vaticano, foi o Padre Andreas Resch que, a par de conduzir as suas próprias experiências, começou cursos de parapsicologia na escola do Vaticano para os Padres de Roma (Kubris e Macy, 1995:104)
• Em 1970 o International Society for Catholic Parapsycologists deu uma conferência na Áustria e, uma parte substancial dessa conferência, foi dedicada aos escritos sobre o Fenómeno das Vozes Electrónicas.
• Na Inglaterra, em 1972, membros superiores da hierarquia Católica, foram envolvidos nos famosos testes nos estúdios de gravação da Pye conduzidos por Peter Bander (Connelly, 1995:44).
• O Padre Pistone, Superior da Sociedade de São Paulo, na Inglaterra, disse numa entrevista, depois dos testes:
Não vejo nas Vozes nada contra os ensinamentos da Igreja Católica. São algo de extra-ordinário mas, não há razão para as temer, nem vejo qualquer perigo (Bender 1974:132)
A Igreja está convicta de que não pode controlar a ciência. Aqui, estamos a lidar com um fenómeno científico; isto é progresso e a Igreja é progressiva. Apraz-me constatar que, os representantes da maioria das Igrejas, adoptaram a mesma atitude que nós; reconhecemos que o assunto do Fenómeno da Voz excita a imaginação, mesmo daqueles que sempre sustentaram que nunca haveria prova ou base para discussão sobre a questão da vida depois da morte. Este livro, e as experimentações seguintes, levantam sérias dúvidas, mesmo no espírito de ateus. Isto, em si, é uma boa razão para que a Igreja apoie as experimentações. A segunda razão poderá ser encontrada na grande flexibilidade da Igreja desde o Vaticano II, nós temos o desejo de manter um espírito aberto a todos os assuntos que não contradigam os ensinamentos de Cristo (Bander:103)
• Sua Excelência o Arcebispo H.E. Cardinale, Núncio Apostólico na Bélgica, comentou:
Naturalmente que tudo isso é misterioso mas, as vozes estão aí para que todos as oiçam (Bander 1974:132)
• Sua Eminência o Monsenhor Professor C. Pfleger, comentou:
Os factos fizeram-nos concluir que, entre a morte e a ressurreição, existe um outro domínio de estudo da existência pós-mortal. A teologia Cristã tem pouco a dizer acerca dessa realidade (Banda 1974:133).
• O livro de Bander (1973:133) contém uma fotografia de Sua Eminência o Monsenhor Stephen O’Connor, Vigário Superior e Capelão-Mor da Royal Navy, escutando a gravação em que uma voz se manisfestou declarando ser um jóvem oficial naval que se tinha suicidado dois anos antes. Por ironia, o Dr. Raudive gravou a mesma mensagem, independentemente, numa sessão anterior.
• Desde os anos 1970, o Vaticano tem continuado a patrocinar pesquisas extensivas em todas as áreas da parapsicologia, incluindo o Fenómeno da Voz Electrónica.
• Recentemente, o Padre Gino Concetti, um dos mais competentes teólogos do Vaticano, disse numa entrevista:
De acordo com o catecismo moderno, Deus permite aos nossos queridos que partiram e vivem numa dimensão ultra-terrestre, que enviem mensagens para nos guiar em certos momentos difíceis da nossa vida. A Igreja decidiu não mais proibir o diálogo com os falecidos, com a condição de que estes contactos sejam levados a cabo com fins religiosos ou científicos (publicado no jornal do Vaticano Osservatore Romano – citado no Newsletter do American Association for Electronic Voice Phenomena de Sarah Estep, vol 16 No.2, 1997)
• Torna-se evidente que a Igreja conclui que a ciência está fazendo enormes, inevitáveis, irreversíveis e acumulativos progressos que ninguém está em posição de parar.
Conduzindo as suas próprias experimentações
Sarah Estep, Presidente da American Association for Electronic Voice Phenomena, com membros em quarenta estados e em vinte países no estrangeiro, publica um boletim que contém muitos contactos e maravilhosas sugestões práticas. Sarah tem, também, para venda, cassetes áudio altamente recomendáveis. Ela pode ser contactada no 816 Midship Court, Annapolis, Maryland 21401. A assinatura do seu folhetim custa $20 US.
Um dos líderes Britânicos no FVE e TCI é Judith Chisholm. A Sra. Chisholm produziu uma cassete sobre o FVE que é altamente recomendada – digna de ser obtida. A cassete contém vozes de pessoas que já viveram neste planeta. Cobre a história do FVE, o método e vozes do além. Está à venda por 6.50 libras ou 8.50 libras para o estrangeiro, em J. Chisholm ‘An Teac na Pol’ Rossnagreena, Glengarriff, County Cork, Republic of Ireland. A assinatura anual do seu boletim custa 10 libras.
Poder-se-á obter informação adicional do Circle d’Études sur la Transcomunication Special, no número 1 de ‘Algumas reflecções sobre as Experiências da Voz de Espíritos com instruções para Experimentação Individual’ por Eric Schoemen. As versões deste trabalho, em Inglês, e números anteriores, a partir do número 02/92, podem ser comprados por 12 dólares americanos cada na Mark Macy, Continuing Life Research, PO Box 11036, Boulder CO 80301 USA ou em Hans Heckmann, 129 Lewis Avenue, E. Landsdowne PA 19050 USA. As versões em língua Francesa poderão ser obtidas na Circle d’Études Sur la Transcomunication, Residence Marie Curie, Avenue Louis Pasteur 13-17 L-2311 Luxembourg. O contacto deste grupo, em Inglês, é Jonathan Marten, 36 Hamble Court, Southhampton Street, Reading Berbs RG1 2QT.
Garry Connelly, na Inglaterra, um antigo ateu, escreveu um livro muito informativo e altamente recomendado, entitulado O Pós-vida Para Os Ateus (1955) que, também dá detalhadas instruções sobre como organizar a gravação electrónica das vozes. Para Gerry, é um milagre como os mortos podem, realmente, dizer algo aos ouvintes na Terra.
5 . Transcomunicação Instrumental (TCI)‘Pela primeira vez, em 8.000 anos de história registada, podemos afirmar, com segurança, que a nossa mente, memória, personalidade e alma sobreviverão à nossa morte física.’
George MeekDesde cerca de 1980 que os pesquisadores psíquicos têm afirmado que têm sido feitos contactos maravilhosos com pessoas que morreram, através de rádio, telefone, televisão, gravadores de chamadas telefónicas, aparelhos de fax e computadores.
Esta forma mais recente de contacto é chamada Transcomunicação Instrumental (TCI). Pode ser altamente comprovada, uma vez que os contactos são repetitíveis, estão ocorrendo em laboratórios em todo o Mundo e têm estado sujeito a minucioso escrutínio científico.
De acordo com Mark Macy, secretário do American Continuing Life Research Foundation:
Os laboratórios de pesquisa, na Europa, têm-se referido a extensas comunicações, nos dois sentidos, com espíritos de colegas, quase que diáriamente, recebendo uma larga panóplia de informações através de telefone, gravadores de chamadas, rádios, computadores e impressoras de computadores. Têm recebido imagens vídeo nas suas televisões, mostrando pessoas e lugares do mundo dos espíritos… Como resultado disso, temos observado prova física directa de como é a vida, depois de largarmos o corpo físico (Continuing Life Research, Contact Volume 1 #96/01).
Durante o ano de 1994, pesquisadores do TCI em Luxemburgo, Alemanha, Brasil, Suécia, China e Japão receberam chamadas telefónicas paranormais do Dr. Constantine Raudive, que morreu em 1976 (Kubris and Macy 1995:14). Estas chamadas foram gravadas em fita magnética e analisadas por peritos de vozes. As chamadas continuaram, desde então e, em 1996, uma gravação de sentido único durou 13 minutos (vídeo da Continuing Life Research – TCI Today 1997).
As provas recolhidas por este, agora extenso, grupo de testemunhas idóneas – incluindo cientístas reputados, físicos, engenheiros, técnicos electrónicos, médicos, professores, administradores, membros do clérigo, bem sucedidos homens de negócio – é, inegávelmente, convincente para aqueles que, sistemáticamente, têm investigado o FVE e TCI. A coerência das provas provindas de diferentes partes do Mundo é esmagadora.
Detalhes completos destas pesquisas estão contidos na cassete áudio The Miracle of ITC e em cassete vídeo ITC Today por 10 e 29.95 dólares Americanos, respectivamente, de Mark Macy, Continuing Life Research, PO Box 11036, Boulder, Colorado 80301 ou e-mail us@aol.com.
Na America, os pioneiros deste trabalho foram George Meek e William O’Neil que se empenharam no sentido de estabelecerem a Spiricom, um sistema de comunicação nos dois sentidos, mais sofisticado do que o equipamento utilizado nas pesquisas sobre o FVE. O’Neil era um médium talentoso, que via e se comunicava com dois cientistas do pós-vida. Usando um rádio modificado, de bandas laterais, as vozes dos cientistas ‘mortos’ eram captadas em fita magnética, em conversações responsivas e inteligentes.
O leitor é referido para o livro escrito por John G. Fuller chamado The Gost of 29 Megacycles (1981) Este livro de 351 páginas descreve, em detalhe, as pesquisas altamente credíveis e irrefutáveis de George Meek e a prova que ele produziu para demonstrar que a vida continua depois de morrermos. É altamente recomendado ao pesquisador sério.
Os primeiros sucessos do TCI
Na Alemanha Ocidental, Hans-Otto Koenig, um perito de electrónica e acústica, desenvolveu um sofisticado equipamento electrónico, utilizando osciladores de compasso extremamente baixo e lâmpadas de luzes ultravioletas e infra-vermelhos. A 15 de Janeiro de 1983 foi convidado para aparecer na maior estação de rádio Europeia, a Rádio Luxemburgo, que tinha uma audiência estimada em milhões por toda a Europa. Pediram a Koenig que fizesse uma demonstração, ao vivo, das suas técnicas de conversar com os ‘mortos’ nos dois sentidos.
Koenig instalou o seu equipamento, sob os olhos vigilantes dos engenheiros da própria rádio e do apresentador do programa, Herr Rainer Holbe. Um dos empregados da rádio perguntou se poderia ouvir uma voz em resposta a uma pergunta directa sua. Quase imediatamente, uma voz retorquiu:
‘Ouvimos a tua voz’, e: ‘Otto Koenig envia mensagens sem fios para os mortos’ (Fuller 1981:339)
Outras questões foram postas. Mas, então, o apresentador, trémulo com o que ele e todos os outros tinham ouvido, disse:
Digo-vos, caros ouvintes da Rádio Luxemburgo, juro pela vida dos meus filhos que nada foi manipulado. Não existem truques. É uma voz e não sabemos de onde é que ela vem (Fuller 1981:339)
A estação emitiu, depois, um atestado oficial, segundo o qual todos os passos do programa tinham sido, cuidadosamente, supervisionados. Os empregados e os engenheiros estavam convencidos de que as vozes eram paranormais. (Fuller 1981:339)
Naturalmente, mais trabalhos públicos foram feitos por Koenig. Outras experiências foram levadas a cabo com a Rádio Luxemburgo, com sucessos similares (Fuller 1981:339). Uma voz em particular foi ouvida, dizendo: ‘Eu sou Raudive’. A importância disto advém do facto de que, quando o Dr. Raudive era vivo, tinha escrito o livro Brealthrough, referido atrás, em que dava detalhes completos sobre a sua própria experiência sobre o FVE – mais de 72.000 vozes de ‘mortos’ foram gravadas.
Nos anos de 1980, pesquisadores, em vários países, conseguiram receber fotografias dos seus falecidos entes queridos, nos écrans de televisão. Em 1985, Klaus Schreiber, na Alemanha Ocidental, com assistência técnica de Martin Wenzel, começou a obter imagens, nos tubos da televisão, de pessoas que tinham morrido. Os tubos utilizavam um sistema de alimentação opto-electrónica. Houve identificação positiva, em muitos casos, acompanhando as comunicações via rádio, incluindo contacto áudio-vídeo com as duas falecidas esposas de Schreiber. O trabalho de Schreiber deu origem a um filme e livro de autoria do, inicialmente céptico Rainer Holbe da Rádio Luxemburgo.
Durante os anos de 1980 os pesquisadores psíquicos tomaram conhecimento da declaração, de várias pessoas, que recebiam telefonemas de entes queridos após terem falecido. As chamadas eram, normalmente, de curta duração e, quando investigadas, não ficavam registadas nos equipamentos normais de monitorização telefónica. Scott Rogo escreveu um livro clássico sobre isso chamado Telephone Calls from the Dead (1979).
Um casal, trabalhando no Luxemburgo entre 1985 e 1988, com a ajuda do pós-vida, desenvolveram dois sistemas electrónicos que se tornaram, significativamente, mais seguros e repetitíveis do que os sistemas desenvolvidos anteriormente. Jules e Maggie Harsch-Fishbach, em 1987, estabeleceram contacto via computador que permitiu submeter perguntas técnicas a seres do pós-vida, com impressão a alta velocidade das respostas, cuidadosamente, consideradas. Também, em 1987, eles obtiveram uma sequência de imagens de televisão de boa qualidade (veja Psychic News, 25 de Fevereiro de 1995)
Por volta de 1993, uma equipa de pesquisadores do pós-vida foi capaz de aceder ao disco rígido de computadores e deixar aí detalhadas imagens de scanner bem como várias páginas de texto. As imagens de scanner do computador eram, de longe, mais detalhadas e menos sugeitas a distorções do que as imagens vídeo. Pesquisadores na Terra foram capazes de dirigir perguntas aos seus pares do outro lado e receber respostas por telefone, rádio, TV, computador ou fax (Kubris e Macy 1995:14).
FVE, Ectoplasma e energia electro-magnética
Uma das questões que os pesquisadores têm tido que responder é porque é que alguns experimentadores são mais bem sucedidos do que outros na obtenção de vozes através do FVE e do TCI. É claro que o ectoplasma é uma variável crucial, presente em todas as actividades para-normais – especialmente na mediunidade física, tal como os fenómenos poltergeist, as materializações, os aportes , as levitações, etc. Também, acontece o mesmo nas comunicações através do FVE e do TCI. Uma vez que nós, os humanos, todos temos uma quantidade limitada de ectoplasma, muitos pesquisadores obtinham melhores resultados do FVE quando tinham consigo um pequeno grupo de três ou quatro pessoas. Mas, os melhores resultados eram obtidos quando uma pessoa com qualidades mediúnicas – uma pessoa com mais ectoplasma do que a média – está presente. Isto foi confirmado, pelo Dr. Constantine Raudive, pelo professor E. Senkovski e pelo inventor Americano George Meek e pelas inteligências trabalhando com o grupo de TCI de Luxemburgo (veja Macquarie 1997). Para discussão do ectoplasma veja o Capítulo 13.
A necessidade de ter presente alguma forma de energia electro-magnética foi sempre reconhecida como sendo uma componente essencial do FVE. É a combinação do ectoplasma e da energia electro-magnética que permite que as vibrações do pós-vida sejam reduzidas, por forma a que as vozes possam ser ouvidas.
Macquarie (1997) afirmou que pesquisadores, desde 1963, tinham obtido melhores resultados se ligassem três transformadores de 12 volts – do tipo que transforma a voltagem doméstica para a baixa voltagem utilizada nos rádios portáteis, walkmans, etc – a uma distância, umas das outras, de 8 a 10 centímetros. Provocam um zumbido subtil que favorece um fraco e suave campo de energia electro-magnética que pode ser combinada com o ectoplasma.
Embora o ectoplasma e a energia electro-magnética devam estar presentes quando se estiver a comunicar com o pós-vida, uma outra variável que parece muito importante é a harmonia e uma atitude positiva entre os experimentadores. Um experimentador que seja negativo e que utilize a presunção de futilidade estará destilando energia negativa e reduzirá, dramáticamente, o sucesso da comunicação. Este ‘efeito do experimentador’ foi encontrado na mediunidade, nos testes de laboratório e ao utilizar equipamento electrónico.
Assim, embora a comunicação possa acontecer através da televisão e através do telefone, a claridade da transmissão depende do campo de contacto, dos pensamentos dos que recebem a transmissão. Maggie e Jules descobriram, nos seus encontros alargados, que, se um grupo de pessoas tivesse ideias negativas acerca do TCI, as suas vibrações negativas afectavam, sériamente, as vibrações vindas do plano astral (Kubris e Macy 19953).
6. Análise da gravação das vozes por computador‘Tudo o que a ciência me ensinou, fortalece a minha crença na continuidade da nossa vida espiritual, depois da morte. Eu acredito numa alma imortal. A ciência ensina que nada se desintegra em nada. A vida e a alma não podem, por conseguinte, se desintegrar em nada e, por conseguinte, são imortais.’
Werner Von Braun PhD.Os peritos tomaram amostras da voz do Dr. Raudive, gravadas em fitas áudio e chamadas telefónicas após a sua morte, e compararam-nas com gravações da sua voz, ainda em vida. Similarmente, a voz electrónica de Walter Steinneigel, um dos amigos de Koenig, foi comparada com gravações da sua voz, quando em vida. Análise feitas por computador revelam, conclusivamente, que o padrão vocal das vozes em vida e depois da morte era idêntico (Fuller 1981:339; Lazarus 1993:157).
Contudo, outras experiências demonstraram que a voz de Raudive nas fitas áudio não é de origem humana. Eu, na verdade, ouvi a voz do Dr. Raudive comunicando com Mark Macy nos Estados Unidos numa conversação gravada de 12 minutos, que eu ainda tenho em casa. Ouvi o Dr. Raudive com os meus próprios ouvidos e posso dizer-lhes que, embora qualquer pessoa que oiça o Dr. Raudive possa compreender todas as palavras por ele proferidas, a voz tem uma qualidade peculiar. Imediatamente concluirá que a voz não vem do plano físico da Terra – apenas pressentirá isso. Modernamente, instrumentos científicos demonstraram que a voz, embora claramente audível, foi proferida por alguém sem caixa de voz! Os cientistas têm feito experiências destas, contínuamente!
O Professor Carlos Eduardo Luz, na Universidade de Engenharia e Tecnologia de São Paulo, Brasil, analisou a voz de Raudive. Utilizando computadores altamente sensíveis para medida das vozes, ele descobriu que a frequência da voz de Raudive, a falar com um outro pesquisador, Sonia Rinaldi, tinha a altíssima frequência de 1.428 Hz. Mas, se a voz de um ser humano vivo, masculino, gravasse as mesmas palavras ditas por Raudive no mundo espiritual, a voz teria uma frequência de 100 a 130 Hz! (Rinaldi 1996:6)
Como poderá a ciência explicar isso? Não existe possibilidade de uma voz masculina na Terra ser produzida a tamanha alta frequência com a constituição natural dos nossos corpos! A conclusão do Professor Luz é de que, entre outras coisas, a voz de Raudive não teve origem numa anatomia física humana como a que conhecemos! (Rinaldi 1996:6).
7. Rebatendo os cépticos do FVE e do TCI‘… em vez de lançar uma investigação científica para rebater o Fenómeno da Voz, este professor assistente fabricou algo, fraudulenta e deliberadamente, entregando-se a propositadas mentiras para tentar iludir o leitor, fabricando informações falsamente, por forma a torná-las compatíveis com o seu próprio cepticismo parcial e não científico.’
O autorO que é que os cépticos inflexíveis dizem do fenómeno da voz?
Das objecções levantadas pelos cépticos, cito um dos representantes líderes dos cépticos inflexíveis, um Professor Assistente de Psicologia da Universidade Pace nos Estados Unidos, o Professor Hines. No seu livro intitulado Pseudoscience and the Paranormal – A Critical Examination of the Evidence (1987) é-nos dito, o seguinte, na página 76. Lembre-se de que este céptico, expressamente, declara que a sua obra é, supostamente, ‘um exame crítico da evidência’.
… se alguém levar um gravador de sons para uma sepultura, poderá gravar as vozes dos mortos. Como? Ponha o gravador na posição ‘gravar’, com uma fita virgem e ponha o volume no máximo. Então, quando reproduzir a gravação, se escutar, atentamente, você ouvirá a voz dos mortos. Não são muito claras, seguramente, mas, se escutar longa e cuidadosamente, poderá começar a fazer sentido… a fita gravadora… estará apanhando os estranhos sons ambientais e, especialmente, o som da briza ou do vento que perpassa pelo microfone…
Se alguém esperar ouvir sons, a percepção construtiva produzirá vozes… os índios tinham a crença de que os mortos falavam atravez do vento que perpassava pelas árvores. O gravador de sons apenas se limitou a trazer esta ilusão para a idade tecnológica (Hines 1987:76)
Este Professor Assistente tinha, agora, a oportunidade de identificar a pesquisa clássica feita por alguns dos mais importantes estudiosos e outros, a nível mundial, e lançar um rebate credível e erudito dessas pesquisas, numa base científica. Esperar-se-ia que ele escrutinasse, científicamente, as pesquisas do Dr. Raudive, na Alemanha, de Friedrich Jurgenson, na Suécia, de Peter Bander, na Inglaterra, de Marcello Bacci, em Grosseto, na Itália, do Professor Water e outros, tais como, George Meek, nos Estados Unidos, apenas para mencionar alguns. Aqui tinha ele a grande oportunidade, no seu livro, de identificar, especificamente, os métodos científicos com que não concordava e postular uma explicação alternativa para explicar de onde veem as vozes.
Os referidos cientistas e reputados investigadores, não vão às sepulturas. Normalmente, trabalham em condições, cuidadosamente controladas, acompanhados por outros observadores que incluem, cépticos, ateus, jornalistas, clérigos, psíquicos. Por vezes, trabalham em estúdios profissionais de gravação, como no caso das sessões do Dr. Peter Bander.
As vozes não são, evidentemente, uma alucinação de auditório – foram escutadas por salas repletas de gente e por milhões de pessoas pela Europa fora, simultâneamente. Milhões de vozes foram identificadas, gravadas e corroboradas por testemunhas independentes. A maior parte das matérias apresentadas foram verificadas e comprovadas como factuais. A análise electrónica dos padrões das vozes coincidiu com as vozes das pessoas quando vivas.
Porque é que este Professor Assistente não escrutinou nenhuma das provas, começando com, por exemplo, o conteúdo do livro internacional do Dr. Raudive, Breakthrough?
Em termos técnicos, quando provas do pós-vida são apresentadas pelo investigador, o ónus de argumentação passa para a parte que não aceita essas provas, a qual deverá argumentar, em que bases técnicas, rejeita as provas.
Este professor assistente deveria ter examinado algumas das melhores ‘vozes de espíritos’ das 72.000 vozes gravadas pelo Dr. Raudive, tais como as vozes da própria secretária de Raudive, Margarete Petraustski, que chamou pelo nome da esposa de Raudive, ‘Zeta’, e se identificou a si própria como ‘Margarete’. Ela continuou, dizendo: ‘Imagine, eu existo, realmente’ – tradução inglesa do Alemão ‘Bedenke ich bin. (Bander 1973:25).
O Professor Assistente Hines deveria explicar:
• Porque é que as vozes aparentes não eram vozes reais,
• No caso de se admitir que eram vozes, porque é que não poderiam ser a dos mortos.
Deveria ter tomado uma amostra da voz de Margerete Petraustski e compará-la com a gravação da sua voz antes de ter morrido, como os pesquisadores fizeram. Existem, hoje, máquinas sofisticadas de análise de vozes que podem, com precisão científica, medir todas as variáveis das vozes, tais como, a cadência, o ritmo, o sotaque, a origem, etc. As gravações da Margarete Petraustski prestam-se, excelentemente, para escrutínio científico devido à excepcional qualidade das gravações da sua voz. Ainda assim, este Professor Assistente, preferiu ignorar o método científico e entrincheirar-se no seu cepticismo de espírito fechado.
Se o Professor Assistente tentasse cingir-se ao método científico e mostrasse, de alguma maneira, que poderia estar, técnicamente, certo, ou que as provas apresentadas não deveriam ser aceites, denunciando o projecto como subjectivo, poder-se-ia discutir o projecto com ele e explorar as vozes, para certificação da sua origem.
Mas, ele não o fez. O Professor Assistente Hines preferiu não identificar o trabalho científico clássico, efectuado e em curso, sobre o FVE, a nível mundial, porque ele sabe que este trabalho é substantivo e não pode ser rebatido. Fez recurso da defraudação técnica, porque sabe que o Fenómeno da Voz Electrónica é uma prova poderosa da existência do pós-vida.
Para levar esta argumentação ainda mais longe, em vez de lançar mãos a uma investigação científica para rebater o Fenómeno da Voz, este Professor Assistente fabricou algo, fraudulenta e deliberadamente, entregando-se a propositadas mentiras para tentar iludir o leitor, fabricando falsamente informações, por forma a torná-las compatíveis com o seu próprio cepticismo parcial e não científico.
Enquanto que, para algumas pessoas, a deliberada omissão possa parecer bastante estranha, para outras, a total falta dos cépticos de espírito fechado em incluir qualquer crítica ao Fenómeno da Voz Electrónica nos seus livros, não constitui, de modo nenhum, surpresa.
Como temos já visto, os pesquisadores do Fenómeno da Voz Electrónica que utilizaram o método científico para provar o pós-vida, já justificaram o seu ponto de vista.
No método científico, como na lógica formal, se ninguém rebate formalmente as provas apresentadas, então a prova científica mantém-se como, absolutamente, válida, até que seja rebatida – se é que, alguma vez, possa ser rebatida. Isso é uma premissa científica fundamental.
A minha experiência com cépticos de espírito fechado, contudo, diz-me que, alguns, nunca escutam a voz da razão. Alguns recusam-se a somar 7+5 e, portanto, nem sequer tentarão discutir o resultado 12.
E, apesar de que o Fenómeno da Voz Electrónica e a Transcomunicação Instrumental ainda não tenham sido aperfeiçoados, isso não significa que as provas científicas colleccionadas quer do FVE quer do TCI não existam.
Para os agnósticos ou os cépticos, ou os descrentes, as vozes captadas em gravadores de fitas magnéticas, dando respostas certas a perguntas específicas, são, em termos absolutos e inequívocos, as vozes das pessoas que ‘morreram’ e que se mudaram para o mundo seguinte.
Inequívocamente, a comunicação com inteligências do pós-vida é a maior descoberta feita, desde sempre. As consequências das informações que estão a ser transmitidas são enormes.
8. A fórmula de Einstein e=mc2 e a materialização‘Os grandes espíritos encontraram sempre violenta oposição da parte de mentes medíocres’
Professor Albert EinsteinTem havido milhares de alegações, através da história da humanidade, muitas mencionadas na Bíblia e antes, de pessoas, como Jesus e Maomé, que apareciam e desapareciam diante de multidões. Recentemente, os cientistas ocidentais têm examinado a frequente materialização de vibuti (um freixo que terá propriedades curativas quando comido), joalharia de encomenda, moedas, alimentos e outros materiais, por Sathya Sai Baba, na índia (Haraldsson and Osis 1977; Haraldsson 1987; Muphet 1971).
Os pesquisadores chamam ao aparecimento e desaparecimento de pessoas e coisas ‘materialização’ e ‘desmaterialização’.
A prova da materialização é substantiva, não só na Inglaterra e nos Estados Unidos mas, em outros países, tais como o Brasil, onde materializações acontecem durante o dia, na presença de centenas de cépticos inflexíveis – veja o Capítulo 13.
Alguns médiums de talento possuem abundância de ectoplasma – uma substância branca, de consistência vaporosa, extraída do médium. Em experiências levadas a cabo pelo Barão Von Schrenck-Notzing (um físico de Munique) provou-se que esta substância é composta por leucócitos – as células brancas ou incolores do sangue – e células epiteliais, componentes dos vários tecidos protectores do corpo (Stemman, 1975:57). Este ectoplasma é utilizado, pelas integências do pós-vida, para reduzir as vibrações do seu corpo espiritual ou ‘etérico’, de modo a que possam ser vistos pelos olhos humanos – veja o Capítulo 13.
O livro de David Ash e Peter Hewitt, o Vortex (1994) dá, entre outras coisas, uma explicação científica para a materialização. Eles argumentam que a fórmula de Einstein E=mc2 – a energia é igual à matéria à velocidade da luz - demonstra que a matéria ‘m’ é equivalente à energia ‘E’.
Isto explica como a materialização e a desmaterialização operam, quando a matéria é transformada em energia. Quando algumas pessoas tentam argumentar que esta equação é apenas teoria e que não pode ser demonstrada, elas deveriam lembrar-se de que menos de 28 gramas de matéria foi transformada em energia suficiente para destruir Hiroshima.
O vórtice é, na realidade, o movimento giratório de átomos e moléculas. Ash e Hewitt argumentaram, a partir da fórmula de Einstein, que, uma vez que a matéria e a luz partilham de um movimento comum, a verdadeira velocidade do movimento giratório deverá ser a velocidade da luz. Eles declararam que esta é a única explicação possível para a equação de Einstein e que é por causa da movimento giratório do vórtice, à velocidade da luz, que nós podemos ver as coisas na Terra – ler esta página ou ver outra pessoa, ou ver as árvores e os céus e tudo o mais, com os olhos físicos.
Ash e Hewitt perguntam: porque é que a velocidade do movimento do vórtice deveria ser limitado pela velocidade da luz? Eles argumentaram que, sempre que a velocidade do vórtice excedesse a velocidade da luz, a pessoa ou coisa entraria em super-energia, uma nova dimensão, um mundo novo. Mas, nesta nova dimensão, a pessoa ou coisa seria tão sólida como você e eu, nesta dimensão. A única diferença seria que, os vórtices, girariam a uma velocidade maior do que a do plano terrestre.
Os olhos humanos, no plano terrestre (a menos que se seja um vidente verdadeiramente prendado), não são capazes de ver nada na nova dimensão, porque os nossos olhos podem apenas ver uma pessoa ou coisa quando, o vórtice dessa pessoa ou coisa, nesta dimensão, gira a uma velocidade igual à da luz. Daqui também se conclui que, uma pessoa ou coisa, em super-energia, será capaz de penetrar numa parede sólida de tijolos, na nossa dimensão. Isto porque os átomos e moléculas de uma parede de tijolos estão a girar, mais lentamente, ou seja, à velocidade da luz.
Uma possível explicação científica para a materialização, é que os vórtices dos átomos do espírito estão a girar mais depressa do que a velocidade da luz e não podem ser vistos pelos nossos olhos físicos. Mas, o ectoplasma do médium permite que os vórtices dos átomos do corpo espiritual sejam reduzidos para a velocidade da luz. Quando isto acontece, o espírito torna-se visível aos nossos olhos. Por outro lado, quando quer que o espírito se queira desmaterializar, os vórtices dos átomos do espírito aumentam de velocidade e já não pode ser vistos com os nossos olhos físicos e desaparecem numa dimensão diferente. Ash e Hewitt chamam à materialização ‘trans-substancialização’ para reflectir a mudança da substância mas, não da forma do vórtice. A trans-substancialização não mudaria a estrutura atómica e molecular do corpo.
Através da trans-substancialização, uma inteligência, um ser etérico, um espírito do pós-vida ou um objecto podem materializar-se e desmaterializar-se. Mas, como Ash e Hewitt, correctamente, apontaram, a materialização e a desmaterialização não são a dissolução. É a aceleração e a desaceleração dos vórtices dos átomos que são fundamentais e que explicam as histórias de aparições vindas do nada e as desaparições de uma pessoa bem à frente dos nossos olhos.
Ash e Hewitt dão muitos exemplos de materializações e desmaterializações bem documentadas. A materialização é compatível com o argumento de que a vida continua depois da morte física. Veja a mediunidade de Mirabelli (Capítulo 13) em que a materialização teve lugar na presença de cientistas e centenas de outras pessoas em pleno dia, no Brasil.
9. Outras experiências psíquicas em laboratório‘Sou atacado por dois sectores opostos – os cientistas e aqueles que nada sabem. Ambos se riem de mim e me chamam o mestre de dança ‘dos sapos’. Contudo, eu sei que descobri uma das maiores forças da natureza’.
Galvani, descobridor da electricidadeExperiências em laboratório sobre o fenómeno psíquico, têm sido levadas a cabo, por mais de cem anos e continuam a crescer, em volume, as provas objectivas da existência do pós-vida. Os resultados mais impressionantes e convincentes foram obtidos em experiências controladas em que a máxima cooperação foi obtida entre as inteligências desta dimensão e as do pós-vida. Propomo-nos, aqui, detalhar apenas algumas experiências.
Um dos primeiros, de uma longa lista de eminentes cientistas que se dedicaram a tais investigações, foi Sir William Crookes que, entre outras coisas, investigou a mediunidade de Daniel D. Home.
Sir William Crookes foi um dos maiores cientistas de sempre. Foi coberto de honrarias em muitos países – na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Escócia, na Alemanha, na França, na Itália, na África do Sul, na Holanda, no México, na Suécia. A sua contribuição para a ciência não tem paralelo no seu ou no nosso tempo.
Sir William era um céptico antes de ter sido, específicamente, incumbido pelos cépticos Ingleses, para investigar o fenómeno, com a intenção de o desacreditar (Crookes 1871). Ele era, também, um homem de uma enorme integridade, de altíssima inteligência e duma independência intelectual inquebrantável. Afirmou que nunca permitiria que os lobbies o impedissem de dizer a verdade, a verdade completa.
De acordo com isto, investigou, minuciosamente, o fenómeno psíquico e, embora tivesse obtido provas esmagadoras da existência de forças desconhecidas, ele permaneceu, cautelosamente, e por grande parte da sua vida, um céptico do pós-vida. Foi apenas quando a sua esposa se materializou, através dum médium, é que ele se convenceu da sobrevivência, sem quaisquer sombras de dúvida.
Por causa da sua independência de espírito, força de carácter e por se negar a assumir atitude de subserviência perante os cientistas cépticos, Sir William foi ferozmente atacado pelos mesmos que o tinham nomeado para investigar o fenómeno psíquico.
Um dos mais infames ataques que lhe foram dirigidos foi a acusação de Walter Mann de que a investigação de Sir William Crookes sobre a materialização foi, fraudulentamente conduzida porque ele estava a ter uma aventura amorosa com uma das médiums que ele estava a investigar – então uma rapariga de 15 anos. Naturalmente, a pessoa que fez essa declaração não teve a coragem, a autoridade e a convicção para a fazer enquanto Crookes estava vivo. Este cobarde céptico Inglês esperou até depois da morte de Sir William Crookes, para lançar as suas imúndas acusações.
Até aos nossos dias, este infeliz incidente, causado por pessoa com absoluta falta de mérito e repleta de ciúmes e inveja, continua sendo um dos exemplos de conduta mais aberrantes da história Inglesa da investigação do fenómeno psíquico. Aqueles que, por motivações materiais, se tornaram vítimas dos seus chefes materiais e estão a repetir a falsificação deliberada de Walter Mann contra Sir William Crookes, terão, um dia, que se retratar da sua campanha insultante e suja.
Sir William Crookes fez uma boa parte das investigações sobre o fenómeno psíquico com Daniel Dunglas Home. Numa das experiências, Home, com a assistência dos seus companheiros invisíveis, demonstrou a possibilidade de afectar o peso dos objectos, na presenca imediata de Crookes. Dúzias de testemunhas altamente credenciadas e independentes, deram o seu testemunho sobre a capacidade de Home de fazer levitar pesadas peças de mobília. Crookes demonstrou, numa situação de laboratório, que Home era capaz de afectar o peso de uma tábua sobre uma balança, apenas colocando os seus dedos num copo de água no extremo da tábua.
Crookes concluiu que tinha descoberto uma ‘nova força’ a que ele deu o nome de ‘psíquica’. Notou que, essa força ou poder, era muito variável e, por vezes, desaparecia por completo. Isto exigiu investigação paciente e meticulosa. Esforçou-se por evitar especular sobre a natureza dessa nova força e apelou aos seus colegas cientistas para que o ajudassem a estudá-la (Crookes 1874:17).
Numa outra experiência, cuidadosamente construida, um instrumento musical, um acordeão comprado por Crookes, tocou, por si próprio, na presença imediata de Home. Nestas experiências, as mãos de Home estavam imobilizadas e o acordeão colocado numa gaiola de rede de arame através da qual passava uma corrente eléctrica. Crookes e duas das outras testemunhas presentes disseram que eles viram, distintamente, o acordeão ‘flutuando dentro da gaiola, sem nenhum suporte visível’ (Crookes 1874:14)
A esposa de Sir William, Lady Crookes estava mais disposta a falar, abertamente, sobre as suas observações. Aqui estava um clássico exemplo de como as inteligências do pós-vida eram capazes de se fazer ver. De acordo com ela, ela viu o acordeão ser tomado das mãos de Home por:
uma aparição vaporosa que depressa pareceu condensar-se numa forma humana, vestida numas vestes transparentes… era semi-transparente e eu podia ver as pessoas sentadas, através dela, por todo o tempo. O Sr. Home permaneceu junto à porta de correr. Ao aproximar-se a figura, senti um frio intenso, aumentando à medida que ela se aproximava e, ao entregar-me o acordeão, não consegui evitar de soltar um grito. A figura pareceu afundar-se no soalho até à cintura, deixando visível apenas a cabeça e os ombros, continuando a tocar o acordeão, que estava, então, a apenas 30 centímetroa do chão (referência por Stemman 1975:129).
Não há dúvidas de que Sir William Crookes permanecerá como um dos grandes investigadores do fenómeno psíquico, tendo, de modo irreversível, estabelecido provas absolutas e objectivas da existência do pós-vida.
Mais experiências laboratoriais
O Dr. Hereward Carrington é um distinto, credibilíssimo e respeitado cientista e escritor, que também exerceu o cargo de Director do Instituto Psíquico Americano. Em muitos casos, ele próprio investigou o fenómeno psíquico. Na sua impressionante obra, The World of Psychic Research (1973) , ele delineia uma quantidade de experiências psíquicas em laboratório que, clara e absolutamente, provam como as inteligências do pós-vida estão em posição de fazer a sua presença e participação sentidas.
As experimentações psíquico-físicas do Dr. Osty – RudiO Dr. Eugene Osty, chefe do Instituto Metafísico de Paris, provou, sob condições laboratoriais, que um jóvem médium, Rudi Schneider, era capaz de produzir, sem fraude, fenómenos físicos. Esta é a maneira como Carrington descreve a sua experiência:
O Dr. Osty colocou os objectos a serem movidos sob uma pequena mesa. Por sobre o tampo da mesa ele fez passar um feixe de raios infra-vermelhos. Estes eram, certamente, invisíveis aos olhos dos presentes mas, o aparelho era concebido de tal forma que, se algum objecto sólido se interpusesse na corrente dos raios, interrompendo até trinta por cento desses raios, a bateria de câmaras fotográficas seria, nessa altura, despoletada, os flashes começariam a disparar e seriam feitas fotografias do tampo da mesa. Isto aconteceria se qualquer coisa material tentasse mover os objectos – tais como uma mão humana. Uma série de fotos revelaria a fraude, imediatamente.
Em sessões que se seguiram, os objectos foram movidos em numerosas ocasões, os flashes foram activados e as fotografias tiradas. O que é que mostraram? Nada – isto é, nada de anormal. Apenas mostraram a tampa da mesa. Contudo, algo tinha estado a mover-se por cima da mesa, porque o feixe de raios infra-vermelhos tinha sofrido interferência e os objectos tinham sido deslocados (Carrington, 1973:54).
A primeira fase da experiência foi o mais bem sucedida possivel, com o médium obtendo a cooperação duma inteligência do pós-vida para deslocar os objectos de um lado para o outro de forma a fazer a sua presença conhecida, como evidenciado pela bateria de flashes das câmaras disparando quando a inteligência deslocou os items sobre a mesa.
A segunda fase consistia em localizar e identificar a presença da inteligência. Para isto, o experimentador idealizou um equipamento, um galvanómetro, através do qual seria possível registar o nível das oscilações ou das vibrações da inteligência, uma vez começada a experiência. Logo que a experiência começou, a inteligência começou a mover os objectos, dando a indicação da sua presença; então, qualquer coisa de espectacular aconteceu – o galvanómetro começou a registar as ‘pulsações’ da inteligência invisível. Como Carrington disse:
Foi qualquer coisa como tomar o pulso a um ser invisível, postado à nossa frente, no espaço (Carrington 1973:54)
Prova comprovativa
Ao longo de séculos, os videntes têm afirmado que todas as coisas vivas possuem um corpo invisível – como um corpo astral ou etérico – que duplica o nosso corpo físico e que contém a nossa mente ‘real’, distinta do nosso cérebro físico. Interessantemente, provas comprovativas desta afirmação foram reportadas por Sheila Ostrander & Lyn Schroeder no seu livro revolucionário PSI Psychic Discoveries Behind the Iron Curtain (1973) .
Estes autores constatam que experiências na Rússia, utilizando equipamentos electrónicos sensíveis, estão detectando que todas as coisas vivas – plantas, animais e humanos – não só têm um corpo físico, feito de átomos e moléculas mas, também, têm um correspondente corpo de energia que os Russos estão fotografando e a que chamam ‘o corpo biológico de plasma’. Curiosamente, os Russos confirmaram a afirmação de videntes de que, se um ser humano perde um dedo ou um braço ou uma perna, o seu corpo duplo mantem-se intacto – com uma espécie de ‘fastasma’ do membro perdido (Ostrander e Schroeder 1973:223)
Medindo a temperatura psíquica
Uma outra experiência, extremamente impressionante, incluido no livro de Carrington (1973), era fazer os possíveis por produzir provas objectivas e científicas para as muitas afirmações de médiums de que uma ‘brisa fria’ se estabelece sempre que se detectem inteligências nas proximidades e quando eles entram em transe. Por muito tempo, a afirmação dos médiums tinha que ser subjectivamente aceite, até que a ciência pudesse provar que a mudança da temperatura poderia ser objectivamente medida.
Um termómetro … foi introduzido na gaiola de rede de arame e apertado a uma viga da parede com parafusos. O mecanismo foi posto a funcionar logo antes do começo da sessão e, evidentemente, começou por registar o calor da sala. Na sessão que se seguiu, um número de fenómenos físicos extraordinários foram observados, entre eles, completas elevações ou levitações da mesa. A coincidir com estas manifestações, o termómetro mostrou instantâneas baixas de temperaturas, de cinco a dez graus centígrados. E, estas baixas, levaram apenas um ou dois segundos para acontecer e concidiram, exactamente, com os fenómenos psíquicos que se estavam a passar noutras partes da mesma sala. Assim, a ciência estava a ser capaz de medir um outro acontecimento notável (Carrington 1973:57).
Esta experiência foi replicada na Inglaterra, pelo investigador psíquico Mr. Price, de Londres, no Laboratório Nacional das Experiências Psíquicas. Carrington relata:
O objecto da experiência era provar, de forma conclusiva, que a nova força, desconhecida da ciência, estava sendo empregada sob condições que excluiriam qualquer forma de fraude ou truques (1973:57).
Testes psicológicos
Numa outra série de experiências laboratoriais, os investigadores mudaram-se dos testes físicos para os psicológicos. Isto envolveu a participação de um dos médiums de mais sucesso na América – Mrs. Garret - que, de acordo com Carrington, se submeteu a toda a espécie de investigações científicas. Ela foi testada por importantes universidades e grupos de cientistas na Europa e na América.
Mrs. Garret, como médium, dizia que tinha um controle regular, um espírito ou inteligência pelo nome de Urvan, que falava através dela, enquanto ela estava em transe. Os experimentadores decidiram utilizar teste de associação de palavras, idealizado pelo Dr. Carl Jung, de Zurique, para testar se Urvani era, na realidade, uma entidade independente da Sra. Garret. Foi decidido fazer o teste à Sra. Garret quando ela não estivesse em transe, e dar ao seu controle, Urvani, um teste de associação de palavra quando a Sra. Garret estivesse em transe.
Psicólogos profissionais e psiquiatras atestam que a pessoa não consegue manter fraude por tempo algum, quando se utiliza um teste de associação de palavra, de 100 palavras, em que o tempo de resposta a uma palavra é medida em décimos de segundo. Qualquer inconsistência ou hesitação é notada, imediatamente. Sendo assim, combinou-se que Urvani sugeitar-se-ia ao teste e que ele traria consigo outras sete inteligências do pós-vida que também participariam.
Os resultados mostraram, conclusivamente, que as associações de palavras da Sra. Garret, quando não estava em transe e de Urvani e das outras sete entidades eram todas, radicalmente, diferentes e que não era possível que a informação transmitida viesse de uma única pessoa ou de uma única mente (Carrington 1973:59). Estes resultados estão de acordo com o argumento de que nós sobrevivemos à morte física e que a nossa personalidade, a nossa mente, o nosso carácter sobrevive conosco.
Máquina de análise da voz
A independência das entidades, falando através dum médium, foram também confirmadas por investigação científica, completamente independente, a uma médium Australiana extraordináriamente dotada, Shirley Bray. As vozes de três inteligências que, regularmente, se manifestavam através dela, foram gravadas. Estas vozes gravadas foram, então, submetidas a uma máquina da mais alta tecnologia, a mesma que foi utilizada pela polícia Inglesa para condenar um criminoso serial, o Estrangulador de Yorkshire. A máquina de voz, construida por cientistas, pode medir variáveis tais como a cadência, o ritmo, o sotaque, etc. A máquina demonstrou que todas as vozes gravadas da médium Shirley Bray eram as vozes de indivíduos, completamente, diferentes. Os cientistas declararam, em termos inequívocos, que, uma vez que a máquina regista também os padrões respiratórios da pessoa, enquanto ela fala, não teria sido possível que uma pessoa só, pudesse produzir as três vozes da gravação. Isto porque a vibração do padrão de voz para cada pessoa é como uma impressão digital – diferente de pessoa para pessoa (Bray 1990:15).
Análise do EEG
O Professor Americano Charles H Hapgood, relata no seu excelente livro, Voices of Spirit (1975) , que ele testou um médium para ver se o Electroencéfalograma (EEG) do médium Elwood Babbitt, quando não estava em transe seria diferente de quando o médium estivesse, alegadamente, tomado e controlado por inteligências do pós-vida. Hapgood fez um EEG de Babbitt, enquanto, alegadamente, controlado por três inteligências. Cada um dos três EEG foram considerados completamente diferentes um dos outros e do EEG de Babbitt quando não estava em transe. Um perito em EEG, o Dr. Bridge, reparou que os EEG’s tinham características de pessoas de diferentes idades físicas e que não poderiam pertencer a uma única pessoa. Hapgood reproduz os diagramas dos EEG no seu livro (1975:224-227).
Estas são apenas algumas amostras entre um grande número de experiências que, em conjunto, formam um corpo de evidência substancial.
10. A científica observação dos médiums
‘Quem não viu, deve abster-se de se pronunciar.’
Professor Charles RochetOs cépticos de espírito fechado têm, geralmente, tentado minimizar a importância da obra dos médiums, sugerindo que são tudo manifestas fraudes ou logros destinadas aos incautos ou os mentalmente confundidos.
Embora hajam, indubitávelmente, alguns que se chamam a si próprios ‘médiums’ e que são desprovidos de qualquer talento, e outros, ainda, que defraudam e mentem com propósitos comerciais, existem médiums genuinos cujos trabalhos impressionaram o mundo com informações surpreendentemente rigorosas sobre o pós-vida.
Contudo, quando se investiga a literatura especializada, utilizando os mesmos testes de credibilidade que os historiadores utilizam para se certificarem de que certos eventos, realmente, ocorreram, existe um esmagador corpo evidencial que demonstra que tem havido, no passado, como no presente, médiums genuinos que produziram um assombroso volume de provas objectivas sobre a sobrevivência da personalidade individual.
Um médium, por vezes também chamado ‘canal’, é uma pessoa com dotes especiais, que se comunica com seres do pós-vida. A mediunidade cobre muitos tipos de fenómenos psíquicos. O mais comum é a ‘mediunidade mental’ em que o médium comunica através da sua visão interior, a clarividência, a escrita autómata ou a fala autómata. Por vezes, o médium entra completamente em transe e outra entidade toma conta do seu corpo, temporáriamente. Há também ‘mediunidade física’ que é caracterizada por batimentos, levitação e movimentação de objectos. Alguns raros médiums físicos conseguem produzir ‘voz directa’ em que, vozes de entes queridos falecidos falam à audiência, utilizando as cordas vocais do médium. Ainda mais raro, são os ‘médiums de materialização’ em cuja presença coisas e espíritos de animais e pessoas aparecem na realidade.
John G. Fuller, um respeitado jornalista que investigou as provas de mediunidade, aponta para o problema criado pelo enorme volume delas:
Examinando, ela é tão persuasiva que aponta para a conclusão racional de que a vida é contínua e que a comunicação articulada é possível. O problema que se põe, é que as provas se amontoam a um tal volume, que se torna maçador e enfadonho examinar tudo. Como o estudo da matemática e da química, ela requer um meticuloso trabalho para a examinar (Fuller 1987:67-68).
Ele aponta para o facto de que um comité da Igreja de Inglaterra ter levado dois anos para examinar o enorme volume de provas da mediunidade. O Comité foi especialmente nomeado em 1937 pelos Arcebispos Lang e Temple para investigar o Espiritismo. As suas investigações incluiram sessões com alguns dos melhores médiums da Inglaterra. No fim desse tempo, contudo, sete dos dez membros do Comité – sob enorme pressão – chegaram à conclusão de que:
a hipótese de que elas (as comunicações dos espíritos) vêem, em alguns casos, de espíritos desencarnados, é a pura verdade (Psychic Press 1979).
Este relatório foi considerado tão perigoso pelos conservadores da Igreja que foi carimbado como ‘Privado e Confidencial’ e encerrado no Palácio Lambeth durante 40 anos, antes de ter transpirado para os órgãos de cominicação social, em 1979.
Uma agulha no palheiro
É, na realidade, extremamente raro encontrar um médium psíquico altamente dotado. Gearge Meek, o pesquisador Americano de fenómenos psíquicos, levou 16 anos a viajar por diferentes países – de 1971 até 1987 – tentando encontrar os mais bem dotados médiums do mundo. Nesse periodo de tempo ele encontrou sómente seis médiums soberbamente dotados, nenhum dos quais alguma vez publicitou as suas qualidades psíquicas ou cobrou dinheiro pelos seus serviços (Meek 1987:81-82).
Do pós-vida chegam-nos a informação de que os objectivos dum médium são muito importantes para a manutenção e qualidade da sua mediunidade – deste modo, o ego e o desejo de alcançar estatuto podem, efectivamente, conduzir à redução dos poderes do médium e acabar por levar ao contacto com seres espirituais menos desenvolvidos.
Quando a mediunidade é utilizada como um negócio, poderá haver a tentação de logro ou de falsificar resultados quando não venham naturalmente, e astrais mais baixos do pós-vida poderão ser atraídos. Isto significa que, embora inteligências mais baixas se possam comunicar através do médium, nenhum conhecimento significativo será transmitido. O materialismo e a espiritualidade são como o óleo e a água – não se ligam.
No Ocidente, a maioria dos médiums verdadeiramente dotados, furtaram-se à publicidade e mantiveram-se num deliberado anonimato, aceitando pouco ou nenhum dinheiro e restringindo as suas actividades a pequenos círculos de participantes regulares e de confiança. A história recente ensinou aos médiums genuínos que se deveriam manter afastados daqueles que se proclamam pesquisadores psíquicos e manter o seu trabalho muito discreto.
Um médium que combinou o ideal da mediunidade com o serviço espiritual foi Chico Xavier, no Brasil. Embora modestamente educado, e quase cego, ele foi o autor de mais de 126 livros psicografados que foram best sellers, cobrindo uma diversidade de temas altamente especializados e técnicos. Contudo, ele renunciou à riqueza e à influência que lhe eram oferecidas e dedicou a sua vida e a sua mediunidade para provar a sobrevivência e para providenciar alimentação, vestuário e assistência médica aos pobres. Ele foi considerado, por muitos, como um santo Cristão radical – um ‘sistema de segurança social dum só homem’, um homem de uma ‘quase patológica modéstia e humildade’ (Playfair 1975:27).
A literatura do Espiritismo está cheia de diários auto-publicados e livros atestando os eventos maravilhosos que aconteceram e que continuam a acontecer através do trabalho de tais dedicados médiums. Um livro recente neste sentido é Russel (1994) no qual o autor, Gwyne Byrne conta como ela e o marido, Alf, se reuniram com filho de nove anos e que se materializou através da mediunidade da médium Britânica de Midland, Rita Goold, em mais de uma centena de ocasiões. Gwayne fundou uma sociedade para confortar outros pais cujos filhos ‘morreram’ e que se chama ‘Russel’s Pink Panther Society’.
Muitas pessoas famosas e de ideias persistentes se reuniram, regularmente, com médiums, ao longo de anos, tendo publicado testemunhos pessoais do que presenciaram em primeira mão. Um dos notáveis foi Many Mansions publicado pela primeira vez em Novembro de 1943, pelo Marechal Chefe da Força Aérea Britânica, Lord Dowding, que conduziu a força aérea Britânica na Batalha da Inglaterra. Outro foi Raymond escrito em 1916, pelo proeminente cientista Inglês do tempo, Sir Oliver Lodge.
É bem conhecido que Abraham Lincoln frequentava sessões na Casa Branca durante a Guerra Civil Americana e que recebeu instruções de seres espírituais, através de médiums em transe, sobre a necessidade de libertar os escravos (Stemman 1975:22-25). A Raínha Victoria, embora, nominalmente, chefe da Igreja de Inglaterra, comunicou-se, por muitos anos, com o seu marido através do médium de transe, John Brown, instalado por ela no seu castelo. Ela criou todos os seus filhos como espiritualistas. A presente Raínha Mãe muitas vezes utilizou os serviços da médium Lillian Bailey para se cominicar com o seu marido, o Rei George VI. Sir Winston Churchill era amigo íntimo da médium Bertha Harris durante a Segunda Guerra Mundial. Bertha Harris fez várias visitas ao número 10 de Downing Street, aos domingos à tarde, durante a guerra e predisse Pearl Harbour seis meses antes do ataque (Meek 1973:140). O General De Gaulle também se consultou com ela, regularmente, durante a sua estadia na Inglaterra, durante a Segunda Guerra Mundial tendo sido apresentado a ela por Churchill (Meek 1973:140).
E, de acordo com Arthur Findlay, várias sessões têm sido levadas a cabo no Vaticano. Em Looking Back (1955), ele conta como, em Roma, em 1934, ele se dirigiu a uma ampla audiência que incluia altos dignitários da Igreja. Depois da reunião, ele conta que um cardeal lhe teria contado que outras sessões teriam tido lugar no Vaticano, mas que o Papa Pio XI era um mau participante e que resultados muito melhores eram obtidos quando ele não estava presente (Findlay 1955:350).
Um punhado de médiums cooperou com pesquisadores psíquicos, por vezes hostis, para provar os seus dotes. Por vezes isso foi à custa de grande custo pessoal, visto que os médiums são, por definição, pessoas de sensibilidade altamente desenvolvida.
Como atrás mencionado, a Igreja de Inglaterra conduziu um estudo de dois anos sobre a mediunidade na Inglaterra, nos anos 1930. Os seus representantes se reuniram com alguns dos melhores médiums existentes e concluiram que havia abundantes provas de que os espíritos bons podem ser contactados através da mediunidade e que verdadeira orientação poderia ser recebida.
Seja quem quer que seja que queira desacreditar a mediunidade terá que se haver com as provas obtidas nestes dois anos de estudo, bem como as provas produzidas por alguns dos melhores médiums mundiais, referidos a seguir.
Chapter 11-20....